Política Titulo São Bernardo
Luiz Marinho recorre a Tião para fechar contas

Prefeito pede e presidente da Câmara devolve
R$ 2,7 mi para pagar os passivos de fim de ano

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
31/12/2014 | 07:00
Compartilhar notícia
Ricardo Trida/DGABC


Em seu último ato como presidente da Câmara de São Bernardo, Tião Mateus (PT) devolveu R$ 2,746 milhões de recursos do Legislativo para a Prefeitura, a pedido do prefeito Luiz Marinho (PT), que salientou risco de não fechar as contas de fim de ano sem contar com parte da verba inicialmente destinada ao funcionamento da Casa.

Antes do recesso, Tião já tinha autorizado o regresso de R$ 5 milhões do aporte legislativo. No total, o petista assinou o retorno de R$ 7,746 milhões para o Executivo, garantindo, assim, condições financeiras para pagamento de 13º salário aos servidores e quitação de débitos com terceirizadas.

Comenta-se nos corredores da Casa que Marinho e a secretária de Orçamento e Planejamento Participativo de São Bernardo, a primeira-dama Nilza de Oliveira (PT), sequer ligaram para o vereador agradecendo a ajuda financeira neste ano e todo apoio do petista na condução dos trabalhos na Casa. A partir de amanhã, quem comandará o Legislativo é José Luís Ferrarezi (PT) – transmissão de cargo simbólica está marcada para as 10h, no gabinete da presidência.

Marinho avisou que a Prefeitura de São Bernardo sofreria com queda de receita, principalmente no ICMS (Impostos sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Uma das medidas anunciadas por ele foi o aumento de até 5% da alíquota do ISS (Imposto Sobre Serviços). Mesmo a contragosto dos vereadores, o petista pressionou a Câmara a aprovar o projeto de lei que onera tributos principalmente a industriários e comerciantes da cidade.

PEÇA ORÇAMENTÁRIA
Para este ano, o Orçamento da Câmara de São Bernardo estava estimado em R$ 63,2 milhões. Ou seja, Tião retornou aos cofres da Prefeitura 12,2% das receitas separadas por Marinho para ele utilizar em 2014. Para 2015, Ferrarezi terá recursos na ordem de R$ 62,7 milhões para administrar.

No ano passado, a devolução de R$ 8,5 milhões de aporte legislativo gerou polêmica entre os vereadores e servidores, principalmente porque Tião Mateus alegou falta de verba para contratar empresa especializada para auditar contrato da construção da sede da Câmara e para abrir concurso público para preenchimento de ao menos 70 vagas deficitárias no quadro de funcionários da Casa.

Tião Mateus não retornou aos contatos da equipe do Diário.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;