A situação das mais de 20 famílias que vivem no alojamento Cora Coralina, no bairro Alto Industrial, em São Bernardo, não melhorou um dia após o Diário publicar ampla reportagem sobre a precariedade da situação no local. Pelo contrário, piorou.

Se, na terça-feira, o espaço reservado à dona de casa Lidiana Correia de Lima, 29 anos, estava com problemas na fiação do chuveiro, ontem, foi a vez do quarto ficar às escuras. "Ouvi um estouro, e as luzes apagaram", contou Lidiana.

Desde o início de novembro, a Prefeitura realiza obras de revitalização do espaço, criado há pelo menos nove anos para abrigar de forma temporária famílias retiradas de áreas de risco na cidade. O telhado com vazamentos e os problemas elétricos são apenas alguns dos pontos que não foram consertados na reforma. A previsão da Prefeitura é encerrar as obras em 15 de janeiro. Na tarde de ontem, contudo, nenhum operário trabalhava no local.

SANTO ANDRÉ - Retirados pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) de seus barracos erguidos em áreas de risco, moradores do Jardim Santo André, realizaram ontem assembleia para definir como cobrarão soluções da Prefeitura e da empresa.

Além das 33 famílias que desocuparam parte dos terrenos, outras 530 vivem em áreas de encosta e também terão de deixar as moradias.

A população quer das autoridades esclarecimentos quanto ao pagamento de auxílio financeiro, abrigo temporário e transferência para unidades habitacionais definitivas.

Os moradores tentarão marcar outra sessão na segunda-feira. À reportagem, a CDHU informou que não foi convidada para o encontro realizado ontem e que não foi procurada sobre uma eventual reunião.