Política Titulo Terceirizados
Briga atrasa salário de funcionários de hospital
Cynthia Tavares
Especial para o Diário
24/11/2011 | 07:03
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Orlando Filho/Arquivo


Os funcionários do Hospital e Maternidade São Lucas, em Ribeirão Pires, estão há 15 dias com salário atrasado - o benefício é referente ao mês de outubro. Os servidores são ligados a empresas terceirizadas contratadas pela OSSPUB, responsável pelo gerenciamento dos equipamentos de Saúde no município. A estimativa é de que cerca de 100 funcionários estejam com atraso nos vencimentos.

De acordo com trabalhadores entrevistados pela equipe do Diário, que pediram para não ser identificados, o atraso ocorre por problemas na diretoria da Organização Social de Saúde.

No mês passado, o diretor Olavo Tarricone Filho entrou com liminar para afastar o presidente Edison Dias Júnior. A eleição do conselho administrativo, que ocorreu pouco tempo antes de a OSSPUB assumir em Ribeirão Pires, em julho, mas não foi registrada em ata. A brecha foi usada para pedir a destituição de Edison da presidência na Justiça.

Olavo é ligado a Sérgio Trani, que participou efetivamente da nova presidência e é conhecido na política do Grande ABC. Filiado ao PT há muitos anos, ele já foi secretário de Finanças em Mauá (na administração anterior de Oswaldo Dias) e em Diadema (na gestão de José de Filippi Júnior).

Desde então, o regime de administração entrou em colapso, pois, além da substituição do presidente, a conta-corrente da organização foi bloqueada. Com isso, o pagamento das empresas terceirizadas ficou inviável.

No dia 11, Edison conseguiu derrubar a liminar e retomou o comando da entidade. A expectativa é que os pagamentos sejam normalizados assim que a Justiça reconhecer a atual presidência e liberar o saldo, o que deve ocorrer na próxima semana. "Falaram que o pagamento estaria hoje (ontem) na conta, mas foi só mais uma promessa, como tantas outras que já fizeram", afirmou um funcionário que foi contratado pela Brother's Segurança.

A empresa foi procurada para prestar esclarecimentos acerca do pagamento, mas informou que o gerente estava no interior de São Paulo e não poderia enviar resposta até o fechamento desta edição.

A Prefeitura informou que o repasse para a OSSPUB é feito por trimestre, após a prestação de contas ser aprovada pelo secretário de Saúde, Jorge Mitidiero. O documento foi protocolado ontem na Pasta. Estima-se que o custo mensal da prestação de serviços é de R$ 2 milhões. A OSSPUB foi contatada para explicar o problema, mas não respondeu aos questionamentos. 

HISTÓRICO

A organização foi contratada pela Prefeitura depois que o Instituto Illuminatus deixou de prestar serviços por não se julgar competente para continuar prestando serviços na área da Saúde. A entidade anterior teve problemas em suas prestações de contas e não recebeu os repasses do Executivo.




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