Economia Titulo Viagem ao Exterior
Operadoras negociam queda no preço

Mercado turístico rebola para manter demanda
por pacote internacional devido ao dólar alto

Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
24/08/2013 | 07:18
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Interessados em comprar passagens e pacotes de viagens para o Exterior devem aguardar até setembro. Com cenário de dólar valorizado, as operadoras, e seus fornecedores, negociam para reduzir preços, em dólar, para não sofrer com redução de demanda em detrimento do câmbio. E entre as oportunidades aos consumidores confirmadas para o próximo mês está a Turismo Week.

Desde o começo do ano, o dólar teve expansão frente ao real de 18%. Ontem, segundo o BC (Banco Central), a moeda norte-americana, pela cotação oficial, estava em R$ 2,3692. Já o dólar turismo, que os brasileiros compram nas casas de câmbios, fechou em R$ 2,4930.

“Nós vamos ter descontos de 20% a 40%”, garantiu o presidente da Braztoa (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo), Marco Ferraz, sobre a Turismo Week. Ele não revelou a data de início do evento. “Mas vai durar dez dias e as viagens terão validade até o dia 10 de dezembro.”

Ferraz disse que os fornecedores das operadoras, como hotéis e companhias aéreas, estão segurando os cintos nos preços e ofertando até contrapartidas. “Em Barbados, a maioria dos hotéis oferece sete diárias pelo preço de cinco e ainda os turistas ganham US$ 200 para gastar por lá.”

Além das negociações, enfatizou o vice-presidente da Abav (Associação Brasileira de Agências de Viagens), Leonel Rossi, as operadoras tomaram iniciativa drástica para segurar os clientes. “A maioria congelou o dólar em R$ 2,20.”

Tudo isso porque a gordura que a moeda ganhou neste ano realmente impactou nos preços do mercado de turismo internacional. “Na média, os pacotes encareceram 8% para os consumidores neste ano”, afirmou Rossi.

As companhias aéreas têm 60% dos seus custos baseados na moeda norte-americana. Só nos últimos 40 dias, por exemplo, as passagens subiram 4%, informou a Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas). A entidade orientou que interessados adquiram tíquetes com 30 dias, no mínimo, de antecedência para ter melhores valores.

Questionada se tomará alguma providência em relação à desvalorização do real, como encarecimento de passagens ou a redução de preços, a TAM disse que está “avaliando no longo prazo os efeitos da variação cambial”. “Como a nossa demanda é elástica, a questão que se impõe é o aumento da receita por meio de maiores fatores de ocupação dos voos e da elevação dos níveis de eficiência operacional”, assinalou em nota.
Já a Azul respondeu que “não tem nenhuma definição em relação à operação de voos internacionais”. A Avianca, por nota, informou que não opera voos internacionais. Gol, Decolar.com e Viajanet não retornaram à equipe do Diário até o fechamento desta edição.

ORIENTAÇÕES - Segundo a CVC, além de comprar com antecedência o pacote, é interessante utilizar durante a viagem cartão pré-pago e deixar o de crédito apenas para emergência. Rossi orientou procurar pacotes para países baratos, como Espanha e Portugal. “Há hotéis com diárias de até US$ 70 por lá.”
 




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