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Conselho Tutelar volta após quatro dias de folga e nega falha

Presidente declara que não houve falha na ação diante das denúncias de maus-tratos contra criança morta no domingo

Por Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
17/11/2011 | 07:00
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Após quatro dias sem dar expediente, o Conselho Tutelar de Ribeirão Pires abriu as portas ontem . O presidente do órgão municipal, Antônio Carlos D'Ávila Pereira, o Toninho, declarou que não houve falha na ação dos conselheiros diante das denúncias de maus-tratos contra a mãe e padrasto da criança de 2 anos que morreu no domingo, após suposta agressão.

Familiares de Valdenei Sabino Azevedo, 41 anos, acusado de bater no garoto junto com a mulher, a dona de casa Alessandra Pereira Silva, 22, estiveram no local para cobrar respostas do órgão. "Eles alegam que só receberam uma denúncia, mas denunciamos quatro vezes", revolta-se a prima do padrasto, Jucirlei de Castro.

Segundo Toninho, o Conselho não tinha conhecimento sobre o uso de drogas por parte do casal. "O menino foi atendido no Hospital São Lucas e a médica aceitou a versão da mãe de que a criança havia caído da cama. Ele não estava com hematomas, tinha apenas marca no olho." Diante desse fato, o conselheiro avaliou como desnecessária a elaboração de boletim de ocorrência e disse que o órgão continuaria a acompanhar o caso, sem saber dizer quando.

Quanto ao atendimento do conselho, o presidente declarou que os funcionários estavam trabalhando em esquema de plantão durante o feriado prolongado. "Se houvesse ocorrência nesse período a GCM teria entrado em contato", destaca. O vice-presidente da Comissão Nacional da Criança e do Adolescente da OAB, Ariel de Castro Alves, destaca que o contato do conselheiro do plantão deve ser de conhecimento de todos, inclusive Prefeitura, GCM e delegacia, já que o órgão deve funcionar durante 24 horas.

INVESTIGAÇÃO

A Promotoria da Infância e Juventude de Ribeirão Pires informou que vai instaurar inquérito civil para apurar as circunstâncias que envolveram o atendimento prestado pelo Conselho Tutelar.

O casal foi detido anteontem e teve pedido de prisão temporária de cinco dias aceito pelo juiz. Valdenei foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisória de Mauá na segunda-feira, enquanto Alessandra segue no DP de Ribeirão Pires.




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