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Esgoto vaza dentro de casa em Mauá
Ana Carolina Negrão
Especial para o Diário
28/03/2006 | 08:15
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Há quase um mês, a sala da casa do aposentado Valdeci Mauri, 57 anos, está de pernas para o ar. Tudo por causa de um vazamento de esgoto na parede atrás de uma estante. A família – que mora na rua Monte Alto, na Vila Valparaíso, em Santo André – tem de viver com o cheiro forte de esgoto e de água suja dentro da própria casa. O Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental) informa que está buscando a origem do problema.

O transtorno começou no dia primeiro de março. A água começou a minar da parede e, depois de uma semana, o cheiro de esgoto começou a exalar dentro do cômodo. “Minha filha ligou no Semasa reclamando e explicou que aqui em casa tem criança. Responderam que só no prazo de 12 dias é que poderiam ver o estava acontecendo”, conta o aposentado Mauri. A filha do aposentado, a auxiliar de escritório Roberta Kelli Mauri, 26 anos, é mãe de uma criança nascida há menos de dois meses. O bebê foi levado para a casa de uma pessoa da família por conta do vazamento.

Para indentificar a causa do problema, os moradores contam que funcionários do Semasa colocaram tinta nos esgotos das casas vizinhas. O método seria para identificar a origem do vazamento. “Eles (Semasa) só vem aqui para jogar corante, enquanto a gente fica com a sala toda empoçada de esgoto”, diz, indignado, Mauri.

Na última quarta-feira, segundo os moradores, funcionários do Semasa foram novamente ao local, mas mais uma vez não teriam apresentado solução. “Deram o prazo de 10 dias para resolver, deixaram até algumas ferramentas, mas eu não agüento mais. Pensamos que fosse da casa do vizinho ao lado, mas não é”, conta o aposentado. Segundo ele, a urgência de acabar com o problema o fez unir-se ao vizinho em questão para, juntos, tentarem descobrir a origem do vazamento. “Quebramos todo o piso do corredor lateral ao muro da minha casa para reolvermos, mas não era aqui. Descobrimos que vem de um vizinho da rua de cima”. Valdeci disse ainda que se nada fosse resolvido em quinze dias, não esperaria mais o Semasa. “Eu vou quebrar a parede da minha casa para consertar, não espero”.

Identificação difícil – A Semasa informa que, depois de colocar corantes nas casas vizinhas nos últimos dias 21 e 23, não conseguiu identificar de qual residência vem o vazamento, e por isso continuará com o procedimento. Se constatado que é esgoto sanitário de alguma casa da região, a autarquia não pode fazer nenhum serviço. Neste caso, acordo deve ser feito entre os moradores. (Supervisão de Adriana Gomes)



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