A explosão aconteceu às 13h locais (8h de Brasília), quando a pizzaria Sbarro, que fica em uma das principais avenidas de acesso ao centro da cidade, estava lotada de clientes. Jorge foi ferido gravemente e levado para o hospital com vida, mas não resistiu e morreu. Sua filha, uma museóloga da Prefeitura de São Paulo, sofreu queimaduras nas pernas, mãos e cabeça, mas não corre risco de morte. Flora também sofreu ferimentos graves, mas passa bem.
A família de Débora afirmou ao Jornal da Globo que recebeu a informação de que a museóloga estava entre as vítimas por volta das 14h30. Os parentes informaram também que ela e a madrasta estão internadas no mesmo hospital com queimaduras e ferimentos provocados por estilhaços. O médico da família embarca para Israel nesta sexta-feira para examinar as brasileiras e autorizar ou não o retorno de Débora para o Brasil. Os familiares disseram também que ela está traumatizada e que quer voltar para o Brasil o mais rápido possível. Débora foi a Israel para visitar o pai, que vive em Jerusalém.
Logo após o atentado, o Jihad divulgou um comunicado informando que o terrorista suicida chamava-se Husseini Omar Abou Naeseh, de 23 anos. Ele entrou na pizzaria com uma bomba amarrada na cintura e a detonou, provocando também a própria morte. O explosivo foi recheado com pregos, para aumentar seu poder de destruição. Pouco depois, a Hamas assumiu a autoria da explosão, alegando vingança a um membro morto dias antes.
Imagens divulgadas pela televisão mostraram parte do estabelecimento em escombros e centenas de pessoas em pânico. Uma segunda bomba não detonada foi encontrada na porta do restaurante, e a polícia fechou o acesso às ruas que levam à área central de Jerusalém. Ambulâncias e carros de resgate socorriam as vítimas jogadas na rua, enquanto vários gritavam o nome de seus parentes.
Um porta-voz do governo afirmou que não há dúvida de que a tragédia foi provocada por palestinos. O primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, convocou uma reunião de emergência com o gabinete de segurança para avaliar uma resposta ao ataque palestino.
Pela manhã, o ministro israelense de Relações Exteriores, Shimon Peres, havia feito advertências contra os riscos de escalada de violência se for mantido o bloqueio imposto aos territórios palestinos, que já se prolonga por dez meses. O crime foi o primeiro atentado suicida desde o ataque a uma discoteca de Tel Aviv (Israel) ocorrido dia 1º de junho, que deixou 21 mortos.
Enquanto isso, prevalece um impasse nas relações entre Israel e Palestina. Ariel Sharon afirmou que não vai negociar com os palestinos até que a onda de violência acabe. Já o líder da autoridade Palestina, Yasser Arafat, diz que a violência não vai acabar até que haja uma solução política para o conflito no Oriente Médio.
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