Política Titulo Mauá
Samuel recua de novo e retira pedido de comissão na Saúde

Vereador e Mauá queria CPI, propôs grupo de acompanhamento e agora arquivou documento

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
28/11/2018 | 07:00
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O vereador Samuel Enfermeiro (PSB), de Mauá, retirou o pedido de uma CEA (Comissão Especial de Acompanhamento) sobre a atuação da FUABC (Fundação do ABC) junto ao sistema de Saúde do município. Foi o desfecho de série de recuos do parlamentar sobre o tema: primeiramente, ele queria abertura de CPI, depois apresentou pedido de acompanhamento e, agora, solicitou o arquivamento.

Na tribuna, Samuel argumentou que “um vereador” havia dito que seu documento estava rasurado e que, por isso, era juridicamente inválido. Ele se referiu ao parlamentar Manoel Lopes (DEM), com quem discutiu na semana passada. “Tive orientação do (departamento) jurídico da Casa que o documento era legal. O vereador disse que era ilegal. Por isso, peço que se retire (o pedido)”, afirmou. A Casa acatou a solicitação do socialista.

A postura chamou atenção dos colegas, porque, pelo regimento interno, havia possibilidade de apresentação de um documento substitutivo ao papel original modificado, continuando, assim, todas as etapas burocráticas internas. Todos esperavam que ele mantivesse a solicitação para acompanhar os trabalhos da FUABC na cidade.

Também na tribuna, Manoel Lopes classificou o socialista de “omisso” e lembrou que, há duas semanas, Samuel havia prometido a apresentação de uma CPI, instrumento com maior força jurídica – há aval, inclusive, para convocação de secretários e obtenção de documentos. A comissão especial de acompanhamento tem poder limitado, já que, em vez de convocação, só convites podem ser feitos.

Ao Diário, Samuel declarou que não iria, por telefone, expor seus argumentos sobre a decisão de retirar o pedido de CEA nem se vai voltar a propor um grupo de investigação das denúncias da Saúde.

Há duas semanas, Samuel, na tribuna, disparou contra a situação da Saúde no município. Tanto que prometeu abrir mão de seu salário como vereador e de alguns benefícios que a função lhe dá, como carro oficial e celular corporativo.

À ocasião, comentou que começou “a pensar nessa ideia (de abdicar do subsídio) desde quando a (então) prefeita Alaíde Damo (MDB) decretou calamidade financeira na cidade”. Ele também falou em omissão da Casa no acompanhamento dos problemas que eram denunciados no setor.  




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