A problemática e carente área de Saúde de Mauá deverá sofrer novas demissões nos próximos dias. Nesta semana, o prefeito interino de Mauá, Diniz Lopes (PL), já determinou a exoneração de 28 funcionários da UBS (Unidade Básica de Saúde) do Jardim Primavera, sendo 23 agentes de saúde e quatro auxiliares de enfermagem. "Estou escolhendo outras pessoas. Tenho o livre arbítrio para isso. A população vai cobrar de mim o bom ou o mau resultado na prestação do serviço na área da saúde. Vou trocar quem tiver de trocar", alega o prefeito.

Diniz explica que a determinação para as demissões levou em conta o desempenho e o modo de atuar dos funcionários. "Tinha agente de saúde que usava o cargo para fazer política. Tinha agente que batia na porta dos moradores para falar de eleição", afirma. Os servidores exonerados não querem se posicionar sobre o assunto.

A eleição para prefeito de Mauá está sub-judice. O candidato do PT, Márcio Chaves Pires, teve a candidatura cassada três dias antes da realização do segundo turno, em 31 de outubro do ano passado, e ainda briga para disputar o pleito com Leonel Damo (PV). As contratações dos agentes de saúde são feitas pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) que possui convênio com a Prefeitura.

Greve – O prefeito interino afirma que para as demissões dos funcionários do Jardim Primavera também foi levado em conta a participação na greve realizada em fevereiro. "Foi feito um movimento de greve por atraso no pagamento do salário. Não me avisaram da paralisação e eu já tinha comunicado que o pagamento ia sair", justifica.