O Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 será disputado em menos de três semanas e a preparação para a 19ª e penúltima etapa da temporada 2018 chegou ao fim no autódromo de Interlagos, na Capital. Na manhã de ontem, o circuito foi vistoriado e aprovado pelo prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), que deu três voltas pelos 4.309 metros de extensão do traçado a bordo de uma Ferrari. Para a corrida deste ano, o local passou por reformas no paddock e na pista, além de outras intervenções.

Para reforçar a segurança, o asfalto no ‘S’ do Senna, na Curva da Junção e na Subida do Café foi recapeado – a subida e a reta oposta também ganharam ranhuras na pista. Além disso, foram instaladas novas barreiras de pneus, zebras, defensas metálicas e paredes de softwall para amenizar o impacto em eventuais batidas, assim como houve reforço na pintura antiderrapante. As intervenções custaram R$ 7 milhões, pagos pela prefeitura de São Paulo.

“As mudanças foram pequenas, até porque, em termos de segurança, o autódromo de Interlagos está entre os melhores do mundo”, disse o organizador do Grande Prêmio do Brasil, Tamas Rohonyi.

A área do paddock também foi reformada. A antiga sala de imprensa acabou demolida e o edifício da administração virou centro de mídia. O suporte metálico que cobria a parte superior do paddock também foi removido. Esta parte das obras ocorreu com recursos federais, por meio do Ministério do Turismo, orçada em R$ 14 milhões.

A prova no Brasil será no dia 12 de novembro e pode confirmar o título do inglês Lewis Hamilton, que lidera com 331 pontos, contra 265 do alemão Sebastian Vettel, a três provas do fim.

João Doria diz que etapa de novembro será a última sob gestão da Prefeitura

O prefeito João Doria (PSDB) afirmou ontem que o GP do Brasil deste ano será o último com Interlagos sob administração da prefeitura de São Paulo. Ele disse que o processo de privatização do autódromo deve ser concluído em 2018. A expectativa é que a venda arrecade ao menos R$ 2 bilhões.

O prefeito garantiu que a prova continuará na Capital, mesmo com a privatização. “A Fórmula 1 é um dos três eventos mais rentáveis para São Paulo, e temos contrato válido até 2020. A empresa que tiver controle do autódromo terá de seguir esse acordo, e não vejo motivos para não renovarem também”, disse Doria.

O organizador do GP do Brasil, Tamas Rohonyi, não vê a possível ausência de pilotos brasileiros na categoria como obstáculo para a renovação do vínculo. “O fã de Fórmula 1 se interessa por velocidade e tecnologia. Creio que (a ausência) não terá tanto impacto por aqui, até porque o piloto mais popular na verdade é o Lewis Hamilton”, avaliou.