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Marido é acusado de matar a mulher a facadas em Diadema
Gabriel Batista
Do Diário do Grande ABC
02/08/2005 | 08:21
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O auxiliar de produção Célio Roberto Ponte, 28 anos, é o único acusado de matar a própria mulher com três facadas. O crime ocorreu na manhã de segunda-feira no Jardim Canhema, em Diadema. Ivanise Delmira da Silva, 26, queria se separar de Ponte e havia saído de casa há uma semana. Ela foi assassinada por volta das 8h30 na loja onde trabalhava, uma casa do norte na rua das Figueiras. O marido da vítima, Célio Ponte, fugiu e não havia sido encontrado pela polícia até o fim da tarde de segunda-feira. O casal tem três filhos, de 4, 7 e 10 anos.

A única testemunha é a proprietária da loja, Alaíde Serafim. Ela afirmou à polícia que o marido da vítima entrou no estabelecimento e pediu para Ivanise reatar o casamento. Diante da negativa, ele teria esfaqueado a mulher. Ivanise sofreu três perfurações, no ombro direito, no peito e nas costas.

Desesperada, a patroa Alaíde pediu ajuda aos vizinhos. A Guarda Municipal socorreu Ivanise, encontrada com vida no banheiro da loja. Ela foi levada à unidade de saúde do bairro Paineiras. Morreu minutos depois. "Estamos providenciando com a Justiça a prisão temporária do acusado", disse o chefe de investigação do 3º DP de Diadema, José Roberto Cassamassima.

O filho da proprietária da casa do norte, Gilson Serafim, afirma que a mãe passou mal ao ter presenciado o crime. Ela tomou calmantes na tarde de segunda-feira e procurou atendimento médico. Serafim disse ainda que na loja sempre permaneciam três pessoas: a vítima e seus pais. Segunda-feira, excepcionalmente, o pai não estava. A polícia acredita que o acusado aproveitou o horário em que as duas estavam sozinhas para cometer o crime.

A família do acusado pagou e realizou o enterro de Ivanise. Eles estavam abalados com a história e com raiva do parente foragido. "Se eu soubesse onde ele (o acusado) está, avisaria a polícia de imediato", disse o sobrinho Maciel Felix dos Santos, 23 anos. A vítima não tinha parentes próximos, apenas uma irmã em Pernambuco. "Meu tio (Ponte) passou a freqüentar uma igreja evangélica há quatro anos e ficou meio louco", afirmou Maciel Santos.




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