O consumidor do Grande ABC desembolsou R$ 15,75 a mais neste ano para encher o carrinho do supermercado na comparação com 2010. Enquanto o preço médio em 2010 para comprar os 34 produtos que integram a cesta básica ficou em R$ 345, neste ano chegou a R$ 360,75. Apesar do aumento, a variação de 4,57% ficou abaixo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo, que acumula até novembro aumento de 5,97%.

“Apesar dos alimentos terem subido, o poder de compra do consumidor da região não foi tão penalizado devido a cesta básica ter registrado aumento abaixo da inflação. Produtos como o arroz e o feijão foram os que ajudaram a controlar o preço”, avalia o engenheiro agrônomo da Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André, Fábio Vezzá De Benedetto.

Em julho, os valores dos alimentos, produtos de higiene pessoal e limpeza verificados pela Craisa em Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá e Ribeirão Pires chegaram a recuar para R$ 352,16, o menor patamar do ano, mas a partir de agosto os itens voltaram a subir. Em janeiro, a cesta era comprada por R$ 357,97, em média.

SOBE E DESCE - O produto que mais penalizou o bolso do consumidor foi o tomate. O item seguiu a tendência do ano passado e encerrou 2011 com aumento de 36,40% no preço, com o quilo sendo vendido nos estabelecimentos da região por R$ 3,30 ante os R$ 2,42 anteriores.

Entre os produtos com maior peso no orçamento, o frango também teve reajuste considerável no período. O quilo da carne resfriada subiu de R$ 3,29 para R$ 4,04, em média. O crescimento da exportação para a Ásia ajudou a elevar o preço da ave vendida no País, pois a disponibilidade do produto diminuiu. Soma-se a esse fator, a alta do milho, que é o principal componente na ração do animal.

Ainda entre as carnes, os cortes bovinos de segunda, como o acém, ficaram 16,66% mais salgados. O preço médio do quilo em 2010 era R$ 9, enquanto neste ano o consumidor pagou cerca de R$ 1,50 a mais pelo item. Durante o ano, o valor não saiu da casa dos R$ 10, e neste mês teve outra alta de 0,8%, ficando em R$ 10,95.

A combinação básica formada pelo arroz e feijão auxiliou a equilibrar os preços da cesta básica. Pesquisa da Craisa aponta que os recuos foram de 15,49% e 18,74%, respectivamente. Apesar da boa notícia, o grão ficou 11% mais caro neste mês, com o pacote de um quilo vendido em média por R$ 2,75, enquanto em novembro, era R$ 2,45. Entre janeiro e dezembro, o preço subiu 13%.

Por fim, entre os hortifrútis, a batata e a cebola foram os destaques do ano. Seus preços recuaram 31,14% e 27,39%, respectivamente. Eles encerraram o ano vendidos por R$ 1,69 (batata) e R$ 1,58 (cebola).