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Duas sessões dividem Câmara de S.Bernardo
Por Miriam Gimenes
Do Diário do Grande ABC
25/04/2006 | 08:34
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Os vereadores de São Bernardo votam amanhã, em regime de urgência, projeto que inclui mais um dia de sessão ordinária na Casa – que, além das quartas-feira, passaram a ser também às quintas. Para ser aprovada, a proposta necessita de 11 votos. Fora os autores da matéria – Tião Mateus (PT), Alex Manente (PPS), Amedeo Giusti (PV), Doutor Alberto (PSB), Carlos Maciel (PDT) e Miranda da Fé (sem partido) –, outros quatro votarão ‘sim‘. Três revelaram ‘não‘ e dois vereadores seguirão o que for determinado pela bancada. Seis parlamentares não foram localizados pelo Diário.

Pela proposta, com uma sessão a mais no Legislativo, cada bancada passará a ter direito de levar à votação, sempre às quintas-feiras, duas matérias. Cada líder partido irá dispor de apenas cinco minutos para usar a tribuna e, em seguida, tem início a discussão dos projetos.
“Temos de discutir o conteúdo dessa sessão, o trâmite regimental”, explica o presidente da Casa, Laurentino Hilário (PSDB). Para ele, o essencial é que, com o aumento de sessões por semana, se limpe a pauta. Partilha da mesma opinião Toninho da Lanchonete (PT). “Se for uma sessão produtiva, eu estou de acordo.”

O vereador Cabrera (PSDC) vai votar ‘sim‘, mas diz que será só para ajudar os autores da proposta. “Esse projeto dá impressão que a gente só trabalha na sessão, o que não é verdade.” Para ele, se houvesse mais empenho dos parlamentares, todas as matérias seriam votadas nas quartas-feiras. Martins Martins (PV) também é favorável a duas sessões por semana, mas faz uma ressalva. “Tem vereador que só vem aqui para discutir recesso parlamentar. Se isso não for mais discutido, eu aprovo”, diz.
 
Extraordinária – Há quem afirme que a solução para limpar a pauta da Câmara é a convocação de sessão extraordinária. Gervásio Paz Folha (PSB) e Ary de Oliveira (PL) vão votar amanhã de acordo com suas bancadas, mas revelam que não concordam com a proposta. Oliveira diz que as extraordinárias ajudariam a limpar a pauta sem necessidade de mais um dia obrigatório de sessão.

Para Névio da Estância (PSB), esse projeto é auto-promoção. “Se forem necessárias mais 20 extraordinárias por mês, sou favorável, mas da forma como estão fazendo é demagogia. São candidatos querendo aparecer”, critica, mas sem citar nomes. O Pastor Ivanildo (PSB) também não concorda com a proposta. “Os demais vereadores não foram ouvidos, por isso eu sou contra.”

Também o petista Wagner Lino acha desnecessária a votação do projeto. “O presidente pode chamar quantas extraordinárias forem necessárias”, justifica. “Para que essa proposta, só para dizer que mais um dia que estamos trabalhando?”, questiona.




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