Irmão do vice-prefeito de São Caetano, Beto Vidoski (PSDB), Eduardo Vidoski (PSDB) foi eleito presidente da comissão de finanças e orçamento na Câmara. O grupo terá como principal missão do semestre analisar as contas rejeitadas de 2012, último ano da primeira passagem do prefeito José Auricchio Júnior (PSDB) pelo Palácio da Cerâmica (entre 2005 e 2012).

Na primeira sessão do ano, os vereadores são-caetanenses tiveram como objetivo eleger as principais comissões internas, responsáveis por avaliar os trâmites legislativos. O bloco de finanças e orçamento ganhou importância porque será ele o responsável por encaminhar a votação a respeito da contabilidade da Prefeitura. Pela LOM (Lei Orgânica do Município) e regimento interno, é a comissão de finanças e orçamento que redigirá o parecer que será analisado pelo plenário.

O TCE (Tribunal de Contas do Estado) emitiu parecer contrário à prestação de contas de 2012, após reviravolta jurídica. Isso porque a Corte já havia se manifestado contrariamente às finanças daquele ano. Em 2015, a Câmara de São Caetano – então composta em sua maioria por aliados do ex-prefeito Paulo Pinheiro (DEM) – acatou o parecer do TCE, o que deixaria Auricchio inelegível com base na Lei da Ficha Limpa. O tucano, entretanto, comprovou na Justiça que não teve direito à ampla defesa e anulou todo o processo. Tanto que teve viabilidade jurídica para concorrer ao Paço em 2016 – venceu Pinheiro.

O cenário agora na Câmara é diferente. Auricchio dispõe de ampla base de apoio. Até mesmo o presidente da Casa, Pio Mielo (MDB), declarou publicamente que trabalhará para aprovar as contas do chefe do Executivo.

Integrarão ainda a comissão de finanças e orçamento os vereadores Mauricio Fernandes (DEM) – que será vice do bloco –, Moacir Rubira (PRB), Suely Nogueira (MDB) e Ubiratan Figueiredo (PR). A comissão de justiça e redação será dirigida por Marcos Fontes (PSDB), que terá como vice Carlos Seraphim (DEM). Caio Funaki (Patriota), Cesar Oliva (PR) e Chico Bento (PP) serão integrantes.