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Homem mata namorada a facadas em S.Caetano

Givanilson Santos confessou morte de Paula Patricia, segundo a PM, e está escoltado em hospital

Luís Felipe Soares
04/02/2019 | 07:02
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Givanilson Valdemir dos Santos, 26 anos, segundo a Polícia Militar assassino confesso de Paula Patricia de Mello, 38, será levado diretamente para delegacia de São Caetano assim que tiver alta do Hospital Maria Braido, na cidade, onde está internado desde a madrugada de sábado.

Conhecido como Giovanni, Santos matou a namorada a facadas após discussão. Ela chegou a ser atendida no Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André, mas não resistiu. Ele foi ao hospital de São Caetano e ainda não tem previsão de alta, embora já esteja sob escolta policial.

O feminicídio teve início quando o casal discutiu na casa deles, em São Caetano, e o jovem de 26 anos atingiu a companheira facadas – exame realizado no IML (Instituto Médico-Legal) constatou 21 perfurações na vítima, sendo uma no coração. Ele levou a namorada ao Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André, onde ela passou por cirurgia, mas não resistiu e foi dada como morta por volta das 7h.

Santos se mutilou na tentativa de acobertar o crime. Tanto que sustentou, em um primeiro momento, que eles foram assaltados. Depois, segundo a PM, confessou o feminicídio.

A despedida de Paula reuniu centenas de pessoas no Cemitério da Saudade. Amigos e familiares estavam surpresos por conta do fato e das circunstâncias do crime. Amigos do casal revelaram que eles tinham vida tranquila e sempre aparentaram ter relacionamento saudável, sem brigas. Eles namoravam há um ano e meio e planejavam se casar.

Médica veterinária e acupunturista, ela também encontrava tempo para se dedicar a projetos assistenciais. “Essa parte social da vida dele era muito especial. O que mais me chocou é que ela defendia a causa das mulheres: fazia parte de grupo de violência contra a mulher”, comentou a amiga Tayrine Lessa, 30 anos. “Infelizmente, ninguém imaginava, inclusive ela.”

Para o irmão Bruno Cesar de Mello, 26, o legado social de Paula será sempre lembrado. “É exatamente isso a mensagem que ela deixa: de paixão por ajudar”, disse. “A gente não esperava. Um caso de feminicídio pode estar mais perto do que a gente espera.”




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