O reaquecimento da economia brasileira e a ampliação do mix de produtos fazem com que uma das mais importantes indústrias do segmento de embalagens decorativas, a Cromus, de Mauá, projete crescer 15% em faturamento e em número de funcionários neste ano.

Termômetro da evolução econômica do País, o setor do qual faz parte a fabricante da região deve mostrar retomada, depois da retração na demanda, em 2009, por causa da crise de crédito global. Estimativa divulgada pela Abre (Associação Brasileira de Embalagem) aponta expansão de 6% nesse mercado neste ano, depois de a atividade ficar praticamente estagnada no ano passado. "Estamos apostando, o ano já está mais aquecido", afirma o presidente da empresa, Eduardo Cincinato.

A companhia não conta apenas com o aumento do consumo. Fez também sua lição de casa: investiu no ano passado R$ 4 milhões para modernizar seu parque fabril.

O investimento possibilitou à Cromus lançar linha de embalagens em cartão, que permite o desenvolvimento de projetos de caixas elaboradas, de acordo com a necessidade dos clientes - no caso, indústrias de chocolates e, eventualmente, redes de lojas e magazines. A companhia já atende indústrias como Village, Cacau Show, Kopenhagen, Casas Pernambucanas e Riachuelo, entre outras.

Outra inovação, introduzida neste ano, é a metalização registrada, ou seja, a produção de itens que têm áreas transparentes e outras metalizadas. Entre as aplicações possíveis, uma delas são envelopes vazados, para o envio de correspondências. Outra é para a indústria alimentícia, já que a embalagem pode ser decorativa e ter pequenas janelas para a visualização do produto.

A empresa vai apresentar essas novidades durante a Fispal (Feira Internacional para o Desenvolvimento das Indústrias de Alimentos e Bebidas), que começa hoje e vai até sexta-feira no Pavilhão do Anhembi, em São Paulo.

EMPREGOS - Localizada em área de 24 mil m² em Mauá, a Cromus produz cerca de 400 toneladas mensais de embalagens, em filme plástico, papel e cartões. Para isso, conta atualmente com quadro de 600 funcionários.

Cincinato afirma que, todo ano, a empresa reforça a equipe de empregados de agosto a março, para atender ao aumento da demanda, propiciada com Natal e o início do ano letivo nas escolas. Desta vez, não será diferente.

Ele projeta a abertura de 80 a 100 vagas temporárias, que costumam ser aproveitadas. "Acabamos retendo parte deles para acompanhar o crescimento dos negócios. Hoje são 600 pessoas (empregadas), tínhamos em 2009 cerca de 570", afirma.