Nove meses após a inauguração, a Galeria Índico, no centro de São Bernardo, torna-se o principal ponto comercial na antes abandonada região próxima ao Paço Municipal, em contraposição ao decadente Conjunto Anchieta e ao camelódromo existente ao lado da rodoviária João Setti.

Na próxima segunda-feira, uma academia de ginástica e dança será inaugurada no andar superior do local, que abrigou por 20 anos uma agência bancária. Na primeira semana de março, está programada para começar a funcionar uma central de cursos com 20 opções, de culinária a aulas de fabricação de bijuterias e bordados. As inaugurações farão com que o conjunto comercial encoste na ocupação máxima dos 800 m² da ABL (Área Bruta Locável), dividida em 34 lojas. Restarão apenas seis boxes.

O administrador da galeria, Antônio dos Santos Neto, é um entusiasta do negócio e afirma que o crescimento do conjunto revela a necessidade da região em receber novos empreendimentos comerciais. “São Bernardo tem espaço e consumidores de sobra. Nem comemoramos o primeiro aniversário e já estamos com ocupação recorde. A área onde estamos tem movimento grande por causa do complexo médico da avenida Índico e travessas.”

O otimismo do administrador reflete a empolgação dos lojistas que ocupam a galeria. O microempresário Hamilton Giovani Hessel montou em agosto do ano passado uma loja de venda de celulares e assistência técnica. A grande aceitação do serviço fez com que ele dobrasse o tamanho da loja – de 6 m² para 12 m² – e contratasse dois funcionários. “O movimento está muito bom. Embora a loja seja movimentada desde a inauguração, noto que a demanda cresce a cada mês. Se continuar nesse ritmo, terei que contratar mais gente”, afirma Hessel.

Movimento – De acordo com Isabel de Jesus, proprietária de uma loja de roupas brancas no conjunto, o fluxo de clientes cresceu mais de 50% só neste ano. “O ano começou muito bom. O movimento que já era grande em 2004 está ainda melhor neste ano”, garante.

Segundo ela, o potencial da galeria está diretamente relacionado ao movimento das ruas próximas, de grande concentração de escritórios, estabelecimentos comerciais e consultórios médicos. “Mais de 90% de nossos clientes trabalham por aqui mesmo. Querem comodidade, mas também exigem qualidade”, argumenta. Outro fator que amplia as possibilidades de crescimento da Galeria Índico é o fato de o local estar debaixo de mais de 300 escritórios comerciais. “O Edifício Senador traz muita gente pra cá”, explica Paula Enggendorfer, gerente do conjunto.