Política Titulo Antecipado
Maninho se coloca na disputa pelo Paço de Diadema em 2016

Presidente da Câmara diz que quer aval do PT para tentar impedir reeleição de Lauro Michels

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
27/12/2013 | 07:00
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Ainda faltam pouco menos de três anos, mas o presidente da Câmara de Diadema, Manoel Eduardo Marinho, o Maninho, já se coloca como pré-candidato do PT para impedir a reeleição do prefeito Lauro Michels (PV).

De origem sindical, o petista tem cinco mandatos como vereador e acredita ter acumulado bagagem suficiente no Legislativo para poder disputar a Prefeitura. “Não é por vaidade. Mas me sinto preparado para a tarefa”, anuncia. Nas duas décadas de atuação parlamentar, foram três mandatos em apoio aos prefeitos petistas José de Filippi Júnior e Mário Reali – os outros anos foram na oposição a Gilson Menezes (PSB) e, agora, Lauro.

Num primeiro embate com Lauro, Maninho levou a melhor. Conseguiu, no começo do ano, articular seu nome para comandar a Câmara, com adesões de partidos que futuramente iriam compor o governo verde. De última hora, o prefeito tentou apostar em Célio Boi (PSB), porém o petista já tinha votos suficientes para comandar a Casa.

Antes de projetar um duelo direto contra o verde, Maninho terá de convencer o diretório petista. Nunca o PT de Diadema escolheu um vereador para ser prefeiturável: Gilson (na década de 1980), José Augusto da Silva Ramos, Filippi e Reali não tiveram mandatos na Câmara antes de concorrer ao Paço (no ano passado, José Augusto, pelo PSDB, virou o primeiro prefeito da cidade a se eleger vereador).

“Acredito que todas as forças deram sua contribuição. O Filippi e o Mário agora têm outros objetivos, outros projetos”, avalia o atual presidente da Câmara, para amenizar os boatos sobre possíveis retornos dos ex-chefes de Executivo no pleito de 2016. Há, no PT, quem acredite que somente Filippi seria capaz de resgatar a liderança do Paço.

Maninho é o primeiro nome no PT a se colocar como futuro prefeiturável. Outra filiada cotada é a secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki, que atuou na Defesa Social de Diadema na gestão Filippi e tem como principal marca a implementação da Lei Seca. Ela é defendida por, além de ter projetos próprios na cartilha, ser figura novata em disputas eleitorais, a exemplo do que aconteceu com Fernando Haddad em São Paulo, em 2012, e Alexandre Padilha ao governo do Estado, no ano que vem. “Sei que quem sai primeiro nessa briga (pela indicação para concorrer ao Paço) apanha mais. Estou preparado para enfrentar o debate. Seja dentro do PT seja nas ruas, contra a atual administração.”

DISCURSO PRONTO

Se ainda está longe de conquistar aval partidário para a briga majoritária de 2016, Maninho tem discurso que pretende levar às ruas na ponta da língua: vai relembrar o cenário eleitoral de Santo André.

Em 2008, Vanderlei Siraque não conseguiu manter a hegemonia do PT à frente da Prefeitura andreense, perdendo para Aidan Ravin (PSB). Quatro anos depois, a população de Santo André reconduziu um petista à chefia do Paço, o sindicalista Carlos Grana.




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