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Andreense vive auge da carreira no futsal com título mundial

Lucas Oliveira, goleiro do Magnus, valoriza atuações na Tailândia e declara amor por Santo André

João Victor Romoli
Especial para o Diário
07/09/2018 | 07:00
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Nario Barbosa


O título de campeão mundial de futsal do Magnus, no domingo – venceu Carlos Barbosa por 2 a 0, assim como em 2016, e conquistou o bicampeonato –, consagrou um andreense. Trata-se do goleiro Lucas Oliveira, 27, que foi fundamental na conquista, já que atuou em três das cinco partidas que o time de Falcão disputou na Tailândia. Ele foi eleito o melhor jogador das quartas de final, quando brilhou diante do Barcelona – o Magnus venceu por 1 a 0.

O arqueiro, que leva Santo André no coração, está no auge da carreira e participa de um dos melhores momentos de uma equipe brasileira na modalidade. Além do Mundial, o time conquistou a Supercopa e chegou às primeiras colocações da Libertadores e da Taça Brasil (Lucas atuou em 15 partidas).

“É um sonho que se concretizou. O título mundial é algo que sempre quis, desde pequeno, em Santo André. É apenas meu primeiro ano aqui no Magnus e já consegui fazer história junto com meus companheiros. Fiz três jogos no torneio e fui elogiado por todos. O Thiago, que é o titular, rasgou elogios a mim, chegou a me emocionar. Já era fã dele antes de vir e hoje poder estar convivendo com ele é a realização de um sonho. No começo fiquei impressionado, mas estou aprendendo muito com ele”, disse Lucas, que até o ano passado ainda morava em Santo André.

Ele atuou por seis anos na AABB (Associação Atlética Banco do Brasil), onde começou a carreira profissional, e se deslocava da cidade andreense para treinar e jogar pelo clube. “Quando recebi a proposta do Magnus tive que mudar de cidade porque a sede é em Sorocaba. Não tive como negar porque é uma das melhores do mundo. Mas sempre estou em Santo André, foi onde comecei minha caminhada e levo a cidade com muito amor. Minha família e minha mulher moram aqui. Fiquei também muito feliz por Santo André ter um time agora na Liga Paulista e seria um prazer atuar no futuro. Torço para crescer”, contou o goleiro, que enfrentou a equipe da sua cidade em julho, no Ginásio Noêmia Assumpção – venceu por 6 a 2.

O gosto por ser arqueiro, aliás, veio aos 7 anos, quando precisou ajudar o time dos amigos em um dos seus primeiros campeonatos. Até os 17, ele dividiu a rotina de atuar no futebol e no futsal, uma vez que, nos gramados, passou pelas categorias de base do Santo André e, nas quadras, pelo Corinthians.

“Passei muito tempo com as duas coisas em paralelo e chegou uma hora que tive de escolher”, disse. “A escolha por ser goleiro foi natural e agora estou colhendo os frutos. Fui aprimorando a posição nos campeonatos que disputei em praticamente todas as cidades da região. Participei de competições regionais, e atuei no ABC Rhodia e na Firestone, que até nem existem mais”, completou.

Realizado após a conquista do Mundial, Lucas deseja que o Magnus, que tem o craque Falcão como principal símbolo, seja exemplo de organização para outras equipes e, assim, tornar o futsal mais profissional. “Os dirigentes ainda precisam melhorar. Já vivi atraso de salários e presenciei falta de organização. A exposição tem que ser maior porque o futsal tem muito a crescer, mas precisa de pessoas que façam com que isso aconteça. O Magnus tem essas pessoas, tem ideias inovadoras, com Falcão no time todos olham de outra forma”, concluiu o atleta.  




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