Política Titulo Por 90 dias
Paulo Serra congela o pagamento de dívidas por 90 dias

Prefeito de Sto.André diz que restos a pagar
chegam a R$ 308 mi; comissão analisará valor

Por Felipe Siqueira
Especial para o Diário
04/01/2017 | 07:00
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Ricardo Trida/DGABC


O prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), anunciou dois decretos que visam a recuperação orçamentária da cidade. O primeiro deles é cortar gastos com funcionários comissionados. O segundo é o congelamento das dívidas da Prefeitura com prestadores de serviços gerais pelos próximos 90 dias de gestão.

No corte de servidores, além dos comissionados, as funções gratificadas serão afetadas. Segundo o prefeito, todos os comissionados diretos já foram demitidos, com exceção de 14 pessoas, por estarem de licença.

A proposta da gestão de Paulo Serra é reduzir o valor gasto com os cargos de confiança em 40%. Também há projeção de economia de 30% com a diminuição de gratificados. A previsão é que a folha salarial com apadrinhados seja enxugada em R$ 1,1 milhão ao mês – passando de R$ 2,7 milhões para R$ 1,6 milhão. Ao fim de 2017, a expectativa de economia será de cerca de R$ 13 milhões. Para os gratificados, nas contas da Prefeitura, a economia com a medida de austeridade será de R$ 1,5 milhão por mês, retendo, ao fim do ano, cerca de R$ 18 milhões.

“Nós tínhamos, inicialmente, proposto a redução de 40% do número de comissionados, mas como a gente está buscando a economia, preferimos reduzir o valor que é gasto”, afirmou Paulo Serra, adiantando que diversos cargos apadrinhados não serão repostos.

De acordo com o governo tucano, a administração de Carlos Grana (PT) deixou R$ 308 milhões em restos a pagar, para um caixa de R$ 380 mil, mais R$ 139 milhões em fundos de reserva. “A cidade de Santo André se encontra, do ponto de vista orçamentário, falida e requer medidas duras, inovadoras e inéditas, para a gente contornar esta situação”, projetou o prefeito.

O congelamento da quitação dos restos a pagar de R$ 308 milhões vale para todos os serviços prestados até o dia 31 de dezembro de 2016 – não serão depositados aos fornecedores até o fim de março. Nesse período, uma comissão irá analisar as dívidas e como deverão ser pagas, em quantas parcelas, além de analisar a possibilidade de renegociação do valor.

Os serviços executados a partir de 1º de janeiro serão honrados, de acordo com Paulo Serra. “Em fevereiro, nós já queremos pagar as contas de janeiro”, disse o prefeito. “A partir de fevereiro, nós já queremos fazer a cidade funcionar.”

A dívida pode aumentar, já que os valores dos contratos de prestação de serviço ainda estão sendo analisados, conforme informações da Prefeitura. As secretarias de Saúde e Educação, de acordo com o prefeito, serão áreas menos afetadas, pois não estão inchadas e têm bastante demanda. 




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