Funcionários da FUABC que atuam na rede municipal de Saúde da cidade cobram pagamento da primeira parcela do 13º salário até quarta-feira
Um dia após cruzarem os braços em protesto por salários atrasados, médicos contratados pela FUABC (Fundação do ABC) e que atuam na rede pública de Saúde de Mauá aprovaram, em assembleia realizada ontem, estado de greve. A nova reivindicação é o pagamento da primeira parcela do 13º salário. A promessa é de outra paralisação, na quinta-feira, por tempo indeterminado, caso os valores não sejam pagos até a quarta-feira.
O SindSaúde ABC (Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos Privados de Saúde no Grande ABC) vai protocolar documento com a proposta aprovada ontem junto à FUABC e Prefeitura de Mauá na segunda-feira. Segundo o presidente, Almir Rogério da Silva, os trabalhadores irão respeitar a lei de greve, que garante funcionamento de 30% do efetivo para serviços essenciais. “Quero deixar bem claro que não vamos deixar ninguém morrer. Aqueles que forem de urgência e emergência serão atendidos, porque vamos fazer escalonamento com os trabalhadores”, afirmou.
Almir também garantiu que o sindicato vai estudar formas de cobrar judicialmente a Prefeitura, responsável por repassar o dinheiro para a FUABC. “Vamos discutir isso com o nosso setor jurídico. Se houver alguma representação, nós iremos fazer”, concluiu.
A FUABC informou que a primeira parcela do 13º salário dos trabalhadores da Saúde do município de Mauá será quitada na quarta-feira. “A segunda parcela está em planejamento financeiro junto à Prefeitura”, esclareceu. Já a administração Donisete Braga não se posicionou sobre o tema.
NORMALIZADO
A paralisação realizada pelos médicos que atuam em Mauá na quinta-feira – em protesto por salários atrasados, problema solucionado ontem – deixou o município em estado de caos em relação ao atendimento. Sem opção, moradores superlotaram o Hospital Nardini, que registrou espera de três horas para triagem.
Na tarde de ontem, a equipe do Diário percorreu UPAs (Unidades de Pronto Atendimento). Na Vila Magini, a aposentada Maria José de Barros, 69 anos, acompanhava o filho que estava em observação por conta de fortes dores abdominais. Ela destacou que não houve espera longa para que o médico consultasse o filho.
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