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Professores e alunos do Sesi protestam em São Bernardo

Grupo critica mudanças anunciadas pela
rede de ensino devido queda de arrecadação

Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
24/10/2015 | 07:00
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André Henriques/DGABC:


Professores e alunos dos Sesis e Senais da região realizaram protesto na manhã de ontem em frente à escola Mário Amato, no bairro Assunção, em São Bernardo. O grupo critica as mudanças anunciadas pela rede de ensino como consequência da queda de arrecadação e também da possibilidade de corte de até 30% nos repasses federais feitos ao Sistema S para o próximo ano. Entre as principais medidas estão a demissão de professores, fechamento de turmas e fim do período integral.

“Essas mudanças são muito prejudiciais porque excluem alunos e demitem professores. O Sesi trabalha com dinheiro público. Sem falar que os ensinos Fundamental e Médio não são gratuitos desde 2007, pais pagam em torno de R$ 500 de mensalidade”, diz o presidente do Sinpro ABC (Sindicato dos Professores do ABC) José Jorge Maggio.

Conforme os docentes, o Sesi distribuiu comunicado aos pais informando sobre o fim do período integral para o segundo ciclo do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano), fim das classes de 1º ano do Ensino Fundamental, o que resultaria em 1.700 menos alunos a partir do próximo ano. Haverá ainda redução das aulas de Língua Portuguesa e o ensino de Espanhol passará a ser oferecido a distância. Outra medida prevista é a paralisação de novas matrículas para cursos técnicos e superiores do Senai.

Presente em evento de inauguração de núcleo de materiais avançados e nanocompósitos no Senai Mário Amato, na manhã de ontem, o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e do Senai-SP Paulo Skaf classificou o corte de serviços como “medidas chatas e amargas”. “Nossa arrecadação em termos reais deve cair 20% em relação ao último ano e o governo ainda quer que a gente pague as contas dele com estes 25%. Ninguém aguenta 45% sem medidas chatas e amargas”, diz.

Skaf destacou ainda que os investimentos já anunciados e que tiveram início, como obras em unidades de ensino, estão mantidos. “Estamos aguardando uma definição e, enquanto isso, qualquer novo investimento fica suspenso. Como investimos muito ao longo destes últimos dez anos, em escolas, equipamentos, laboratórios, nenhum problema deixar de iniciar novos investimentos nos próximos seis ou 12 meses”, considera.

Por meio de nota, o Sesi/Senai informou que ainda não tem informação oficial sobre demissão de professores relacionada ao atual cenário econômico e que as entidades aguardam o desfecho das negociações entre o governo e o Sistema S para se pronunciar. O Ministério do Planejamento não quis se pronunciar sobre o tema.

Entre as sete cidades, são 12 unidades do Sesi e sete Senais.

(Colaborou Leonardo Santos)




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