A fase dois do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que o governo federal deve anunciar na próxima semana, deve se basear em uma projeção de crescimento médio anual de 5,5% de 2011 a 2014 para a economia do País.

O governo deve ainda manter a meta de 3,33% do PIB (Produto Interno Bruto) para o superávit primário, a economia orçamentária feita para garantir o pagamento dos juros da dívida pública. Entretanto, estuda também aumentar o volume de investimentos que pode ser abatido da meta de superávit, como forma de garantir as obras.

Até 2008, o nível permitido desses abatimentos era equivalente a 0,5% do PIB. Em 2009, para a execução da política anticíclica, o mecanismo foi elevado para 0,94% do PIB e, pela primeira vez, efetivamente utilizado, ainda que parcialmente. O nível previsto na reprogramação do Orçamento de 2010 é de 0,97% do PIB.

Para o período do PAC 2, a tendência é manter a possibilidade de desconto em nível mais elevado, como em 2009 e 2010, para dar maior flexibilidade fiscal para a execução das obras.

O governo pretende elevar a taxa de investimento da economia de um nível de 18% do PIB previsto para 2010 para mais de 20% do PIB em 2013 e em torno de 21% do PIB em 2014.