No entanto, Brindeiro reconheceu que a competência para investigar a Lunus, de propriedade de Roseana e de seu Marido, Jorge Murad, é do Superior Tribunal de Justiça (STJ), já que, por ser governadora, ela tem foro privilegiado. Na semana passada, a pedido de Roseana, o ministro Ruy Rosado de Aguiar, do STJ, suspendeu as investigações feitas pela Justiça Federal do Tocantins e determinou que os documentos fossem encaminhados ao tribunal.
O procurador-geral, portanto, atendeu parcialmente ao pedido da defesa de Roseana, que queria a devolução completa do material apreendido (documentos, computadores e disquetes), além do R$ 1,34 milhão em notas de R$ 50 que estava nos cofres da empresa. O dinheiro está depositado em uma agência da Caixa Econômica Federal, em São Luís (MA).
Na terça-feira, Murad renunciou ao cargo de gerente de Planejamento do Maranhão e alegou que o dinheiro seria utilizado na campanha de Roseana, mas a isentou de qualquer responsabilidade sobre a arrecadação antes do prazo permitido por lei. A arrecadação para campanha eleitoral só pode ser feita depois da aprovação do nome do pré-candidato em convenção partidária e registro na Justiça Eleitoral. Além disso, a origem da verba não foi esclarecida.
A Lunus está sendo investigada junto com outras empresas suspeitas de fazer parte de um esquema de desvio de dinheiro da extinta Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam).
O STJ recebeu o parecer de Brindeiro no final da manhã desta terça. O rumo das investigações, de agora em diante, ficarão a cargo do STJ.
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