Política Titulo Segundo colocado
Dedé pede para ser declarado vencedor
Por Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
21/12/2016 | 07:24
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Anderson Silva/DGABC


Recurso contra expedição do diploma ao prefeito eleito de Ribeirão Pires, Adler Kiko Teixeira (PSB), impetrado na segunda-feira pelo ex-prefeiturável Edinaldo de Menezes, o Dedé (PPS), pede que o popular-socialista seja declarado vencedor do pleito de outubro, na tentativa de enquadrar o socialista na Lei da Ficha Limpa e impedi-lo de tomar posse no dia 1º.

Dedé foi o segundo colocado da disputa. O ex-vice-prefeito ficou com 26,34% dos votos válidos (15.385 sufrágios), contra 30,31% de Kiko. O recurso é baseado na decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de 6 de dezembro, que confirmou a rejeição às contas de Kiko de 2004, quando foi presidente da Câmara de Rio Grande da Serra. Kiko tentava anular a decisão do TCE (Tribunal de Contas do Estado), que entendeu que o então parlamentar ultrapassou limite constitucional de 70% de gasto com pessoal ao reajustar o salário dos colegas da Casa.

Dedé ponderou, porém, que não tem vaidade política de exigir exclusivamente que ele próprio seja declarado vencedor. “Na peça, pedimos que o segundo colocado assuma (a sucessão do prefeito Saulo Benevides, PMDB). Mas, de qualquer forma, o que não queremos é que a cidade tenha um prefeito ficha suja, que não pode se reeleger. A preocupação é com a sociedade de Ribeirão. Nem que seja preciso termos novas eleições”, declarou Dedé. Em 2012, Dedé teve os votos anulados justamente por ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa por abuso de poder econômico.

Especialistas ouvidos pelo Diário avaliam que dificilmente Kiko seria impedido de assumir a cadeira na data oficial da posse, marcada para daqui 11 dias. Entretanto, juristas acreditam que a decisão do STF pode custar o mandato, a longo prazo, do prefeito eleito.

As contas de Kiko foram rejeitadas em 2008, mas desde então o socialista tenta anular o parecer alegando que não teve direito à defesa. Em 2015 chegou a conseguir decisão monocrática do próprio STF, derrubando a análise da Corte. Quando registrou a candidatura ao Paço, portanto, estava apto para a corrida eleitoral. 




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