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Produção de motocicletas cresce 23,7% no trimestre
Por Marcelo de Paula
Do Diário do Grande ABC
09/04/2008 | 07:20
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Com a produção de 540.202 unidades no primeiro trimestre deste ano, a indústria de motocicletas bate novo recorde e, por causa do crescimento contínuo há quase uma década, já começa a discutir com autoridades governamentais medidas que tornem os fabricantes nacionais mais competitivos para a disputa no mercado externo.

Segundo a Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares), a quantidade produzida nos três primeiros meses do ano representa crescimento de 23,7% na comparação com igual período de 2007, quando as montadoras colocaram no mercado 436.595 veículos de duas rodas.

Só em março foram fabricadas 184.790 motos; na comparação com as 157.549 do mesmo mês do ano passado, foi um aumento de 17,3%. Já em relação a fevereiro, o incremento foi de 9,9%.

Diante de números tão bons, o presidente da Abraciclo, Paulo Shuiti Takeuchi, acredita que no meio do ano haverá a necessidade de reavaliação das projeções de crescimento para o ano.

“Nossa expectativa inicial era crescer em torno de 12% neste ano. Mas com os resultados desse trimestre é possível que esse percentual tenha de ser revisto para cima”, revelou.

Exportação - Com o dólar fraco a indústria nacional perdeu competitividade e as vendas para outros países estão em queda livre. Em março foram contabilizadas 8.278 motocicletas exportadas, um decréscimo de 22,1% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram registradas vendas externas de 10.626. Em relação a fevereiro deste ano a queda foi de 22,3%.

Por causa disso, e também motivada pela greve dos auditores da Receita Federal que está dificultando a importação de componentes, a Abraciclo estuda com a Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus) mudanças nas regras que definem a quantidade de procedimentos de manufatura para que uma moto seja considerada produto nacional.

“Hoje, para fazer um veículo de 125cc nacional são necessários cerca de 90 procedimentos feitos aqui. Acho que devemos aumentar isso, ou seja, começar a fazer mais coisas no Brasil. Assim, se houver qualquer problema externo ou mesmo interno como a greve da Receita, o fornecedor estará ao nosso lado e não seremos prejudicados”, disse Takeuchi, frisando que já há autopeças alertando para a falta de componentes.

A nacionalização de motos tem como objetivo aumentar não só a quantidade de peças feitas no País, mas também o número de operações para a montagem dos sistemas e do próprio veículo.




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