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A hora de definir o futuro

Jovens podem contar com diversos recursos que ajudam na escolha da profissão

Por Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
07/09/2014 | 07:00
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Toda mudança por si só gera ansiedade. Quando chega a hora de decidir que carreira seguir, não poderia ser diferente. Nesse momento, vale a pena contar com o auxílio da orientação profissional ou vocacional. “A imaturidade e a falta de informações sobre carreiras, associadas à falta do autoconhecimento, são os principais fatores que dificultam a escolha da profissão”, avalia Rosana Magalhães, orientadora educacional do Colégio Singular.

Uma pesquisa da Universidade Anhembi Morumbi, realizada com 17 mil estudantes do 3º ano do Ensino Médio, identificou que 62% dos alunos de instituições públicas sabem qual carreira seguir. Entre os estudantes de colégios privados, apenas 53% tomaram uma decisão.

E o restante dos alunos, por que ainda não decidiu? “É comum pensar que a profissão escolhida precisa ser para a vida toda, isso assusta. Mas não é verdade. Será apenas uma das escolhas importantes que o jovem precisará tomar na vida”, aconselha Silvio Bock, orientador profissional e consultor do Guia do Estudante.

ORIENTAÇÃO - Nada de testes. Para definir a carreira, os alunos do Colégio Termomecanica participam de bate-papo com ex-alunos, profissionais convidados e fóruns. “Também contam com um orientador para conversar sobre preferências, faculdades disponíveis e fazer pesquisas”, explica a diretora pedagógica Cristina Favaron Tugas.

Para Ricardo Rodrigues Gitti, 17 anos, de Santo André, esse trabalho faz toda a diferença. “Sempre gostei de Química, mas não tinha ideia das possibilidades. Hoje, já defini o curso que vou fazer: Engenharia de Energia com ênfase em Química.”

Do mesmo modo, Lucas Tadeu Carvalho Silva, 17, de Diadema, sabia que tinha aptidão por Ciências. “Queria ser cientista.” No entanto, após pesquisar diversas profissões e colocar na balança fatores positivos e negativos de cada uma, decidiu um dos cursos mais disputados: Medicina. “Agora, preciso saber se quero Pediatria ou Oncologia, ou nenhuma dessas”, brinca.

Juliana Bertolone, 17, de São Bernardo, admite que não foi fácil tomar uma decisão. “Gosto de exatas, mas a orientação me mostrou que também tenho vocação para fotografia. Por fim, optei por fazer Engenharia Civil e trabalhar com foto como hobby.”

Na lista dos indecisos, está Gabriel Santos Carneiro, 17, de Santo André. “A orientação me abriu os olhos para a carreira diplomática. Me sinto bem direcionado, mas ainda não decidi entre Economia, Relações Internacionais e Direito.”

Procure orientação antes de escolher

Existem muitas possibilidades que ajudam na hora de escolher qual profissão seguir. Além de conversar com professores e coordenadores da própria escola, as universidades e faculdades realizam agendamento de visitas para conhecer mais sobre os cursos e grades curriculares. É interessante fazer isso acompanhado dos amigos que estão na mesma situação. Há também clínicas que oferecem o serviço com psicólogas e psicopedagogas, que podem dar superajuda nesse processo.

Os indecisos também não podem deixar de ir a feiras de profissões, fóruns e palestras. Nesses locais, é possível conversar com profissionais da área e aprender bastante sobre a realidade da carreira, como salários, horários, o que se faz na prática, pró e contra. Muitos colégios e faculdades oferecem este serviço.

Na internet, há diversidade de sites que também ajudam ao disponibilizar informações. Alguns deles são o www.ciee.org.br, guiadoestudante.abril.com.br e www.mundovestibular.com.br.

Escolha pessoal

Segundo pesquisa da Universidade Anhembi Morumbi, Administração é o curso mais procurado, seguido por Engenharia, Psicologia e Medicina. Para surpresa dos especialistas, Gastronomia está em quinto lugar. “Cursos que eram pouco comuns, hoje estão entre as opções dos alunos”, ressalta Luciano Romano, coordenador do levantamento.

Vale lembrar que a escolha da carreira é pessoal e deve ser algo que você goste. Não decida pelo sonho de seus pais, porque dizem que dá dinheiro ou por acreditar que terá mais tempo livre. 




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