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Av.Lions tem mais um dia de transtornos

Via teve faixa fechada no sentido Santo André para conserto de grade de ferro quebrada

Drielly Gaspar
Fábio Munhoz
01/11/2013 | 07:00
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Orlando Filho/DGABC


Motoristas enfrentaram ontem mais um dia de congestionamento na Avenida Lions, em São Bernardo. A via teve faixa interditada para conserto de chapa de metal que cobre uma valeta para escoamento da água. Desde a inauguração do trecho rebaixado do corredor, em maio de 2012, esta já é a sétima vez que o problema ocorre. O prefeito Luiz Marinho (PT) afirmou que a responsabilidade pelo conserto é da OAS, empreiteira que executou a obra.

O material afundou na noite de quarta-feira. Até o fechamento desta edição, ainda havia interdição de cerca de 200 metros da faixa da direita da pista sentido Santo André, próximo ao viaduto da Avenida Vivaldi. À tarde, foi registrada lentidão de aproximadamente 3,5 quilômetros, chegando à divisa de São Bernardo com Diadema. Na semana passada, as chapas de ferro fundido foram colocadas em substituição a grelhas metálicas.

O mestre de obras Adenildo Oliveira, da OAS, afirma que a causa do problema é a instabilidade da base da vala. “Vamos ter que construir uma parede paralela a já existente para nivelarmos o apoio das placas”, acrescenta. O Diário procurou representantes da empreiteira, mas ninguém se manifestou.

À noite, Marinho reiterou que a responsabilidade pelos reparos é da OAS, mas ponderou que ainda não há necessidade de multar a empresa. “Eles estão atendendo. À medida que quebra, eles consertam. Teria multa se não fizessem.” Segundo o prefeito, a empreiteira está “buscando encontrar uma solução”. “Espero que em alguma hora eles cheguem a um material que suporte as carretas que por ali passam”, ironizou.

Especialista em Transportes, o engenheiro Creso Peixoto, professor da FEI (Fundação Educacional Inaciana) informa que os responsáveis pela via deveriam realizar estudo para solucionar o problema definitivamente. “Grelhas ou chapas têm de ser estudadas para aguentar a carga, que, no caso de caminhões, é de cinco toneladas, no mínimo.” O professor acrescenta que o material deve possuir espessura adequada para não vibrar, o que pode provocar o deslocamento. “Também é preciso reprojetar o encaixe”, finaliza.

Segundo o engenheiro, a drenagem é uma das questões mais difíceis de ser resolvidas em avenidas rebaixadas. No caso de vias movimentadas, diz Peixoto, as chapas não são a melhor opção para o escoamento. “O interessante é que tenha uma caixa para receber o volume de água e que haja uma bomba que sugue e retire de lá.”

OBRA

Orçado em R$ 39 milhões, o rebaixamento da Avenida Lions foi uma das principais obras do governo Marinho. A via compõe o Corredor ABD, que liga Diadema a Santo André. O objetivo da construção de uma pista expressa foi a eliminação dos cruzamentos em nível e a consequente agilidade no deslocamento entre as cidades. (Colaborou Guilherme Monfardini) 




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