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Campanha eleitoral israelense se intensifica
Do Diário do Grande ABC
28/04/1999 | 11:13
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A campanha televisiva para as eleiçoes israelenses de 17 de maio, que começou na última segunda-feira, tornou-se mais feroz, e os anúncios publicitários desta quarta passaram aos ataques pessoais contra os líderes dos principais partidos.

Manchas de lama atingem os nomes de ``Netanyahu' e ``Likud', o atual primeiro-ministro e eu partido de direita nacionalista, ao som de uma música dramática. ``Os esquerdistas querem sujar-nos, mas isso nao lhes servirá de nada', diz uma voz, enquanto aparecem os rostos radiantes de crianças que sorriem pera o futuro. Na imagem seguinte, uma frase aparece em letras vermelhas: ``Se eu fosse palestino, pertenceria a uma organizaçao terrorista'. O autor dessa pérola é Ehud Barak, o candidato trabalhista ao cargo de primeiro-ministro.

Os trabalhistas atacam o balanço econômico e social de seu adversário de direita. ``Em dois anos e meio, 100 mil israelenses perderam seus empregos. Por que ele deveria manter o seu?', pergunta sua publicidade, mostrando o rosto cinza e enrugado do primeiro-ministro.

Barak, em tom sereno e decidido, apela para a ``sabedoria' dos telespectadores: ``Meu programa econômico é sério, prevê a criaçao de 300 mil empregos. Podem ler, está desponível. É preciso destinar dinheiro à educaçao e nao às colônias'. Suas declaraçoes levam subtítulos em russo, pois os trabalhistas querem atrair os 800 mil imigrantes que chegaram da ex-Uniao Soviética desde 1989.

O partido laico de esquerda Meretz optou por uma imagem humorística da conjuntura política. Seu clip publicitário mostra uma orquestra de personagens animados com os rostos dos atuais dirigentes israelenses que tocam uma música endemoniada, ridícula e aterradora. ``Essa música deve parar', afirma.

O Partido Nacional Religioso se mostrou mais conservador e ontem limitou-se a mostrar adolescentes alegres dançando sob as bandeiras. ``O PNR entrega sua alma ao país', afirma.

Esta nao é a opiniao de Tommy Lapid, chefe do partido laico Shinui, que luta contra o domínio da religiao na vida cotidiana e os exorbitantes privilégios dos religiosos.

No total, 33 partidos se apresentam para a eleiçao e sao cinco os candidatos ao cargo de primeiro-ministro.




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