O reajuste do Imposto Predial e Territorial Urbano foi um dos temas que mobilizaram a opinião pública na semana passada no Grande ABC. Natural. Mexer com tributos quase sempre traz danos à imagem dos gestores. Especialmente pela atuação da oposição, mais interessada em causar desgaste aos adversários políticos do que em realmente discutir as necessidades fiscais do município. Para contribuir com o debate, evitando as distorções características do momento, a equipe do Diário foi até o TCE (Tribunal de Contas do Estado) para identificar qual cidade lidera a cobrança de IPTU na região. E São Caetano aparece no topo do ranking per capita, com ampla vantagem.

Dados dos cinco maiores municípios da região colhidos no TCE mostram que o morador de São Caetano é o que mais paga IPTU, quando se divide a arrecadação total do tributo pelo número de habitantes da cidade. Em território são-caetanense, o valor pago anualmente por cada cidadão equivale a R$ 1.151,25. Em segundo lugar no ranking do Grande ABC aparece São Bernardo, com R$ 563,80. Diadema vem em terceiro, com R$ 453,32. Na quarta posição está Santo André. com R$ 448,83, e, na quinta, aparece Mauá, com R$ 253,53. Feito desta maneira, proporcionalmente à quantidade de moradores, o quadro põe às claras as diferenças que existem nas políticas tributárias municipais.

<EM>Quanto mais informações disponíveis para os cidadãos, melhores serão as análises que poderão ser feitas. Com o acirramento dos ânimos políticos e a velocidade de propagação de fake news, há muita gente interessada em meias-verdades. Após os vereadores de Santo André e Diadema autorizarem os respectivos prefeitos a reajustarem os valores de IPTU, na semana passada, muitos dados equivocados passaram a ser utilizados para dar consistência a discursos errados em sua essência. Houve até prefeito que utilizou a estrutura pública para vender a ideia de que sua cidade era atrativa aos negócios por não ter aumentado o imposto – exatamente uma das líderes do ranking ora divulgado pelo Diário.