Os juros nos bancos para empréstimos para a pessoa física caíram 1,7 ponto percentual em maio na comparação com abril, para 56,1% ao ano. Segundo os números divulgados nesta segunda-feira pelo BC (Banco Central), por três meses consecutivos é o menor valor desde a implementação do Plano Real, em julho de 1994.
De acordo com o relatório do BC, a taxa média dos juros cobrados pelos bancos caiu de 45% em abril para 43,9% ao ano em maio. É o menor patamar desde setembro de 2002, considerando-se todas as modalidades de operações, com pessoas físicas e jurídicas.
Os juros no cheque especial ficaram estáveis, em 145,4% ao ano. O crédito consignado, com desconto em folha de pagamento, passou de 36,2% para 36,8%. A taxa para a aquisição de bens (exceto veículos) ficou em 58,1%, contra 59,4% no mês anterior.
Entre as outras operações para pessoas físicas, registraram-se quedas de 65,3% para 62,3% no crédito pessoal, e de 34,1% para 33,3% na aquisição de veículos. O spread bancário (diferença entre o custo de captação e a taxa efetiva cobrada pelos bancos) caiu de 43 pontos para 41,1 em maio, também o menor patamar desde o início da série.
Para as empresas, as taxas caíram 0,9 ponto, para 29,7%. O spread nesse caso caiu 1 ponto, para 14 pontos percentuais. Já a conta garantida para as empresas aumentou de 68,6% para 69,9%.