Política Titulo União?
PT faz aproximação para ter PDT no 1º turno
Fábio Martins
do Diário do Grande ABC
21/04/2012 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


Articulador regional do PT no Grande ABC, o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, reuniu a cúpula do PDT de Santo André para enveredar a aproximação entre os partidos na corrida eleitoral. A interlocução tem o intuito de vincular a união entre o pré-candidato pedetista à sucessão de Aidan Ravin (PTB), Raimundo Salles, com a pré-candidatura do correligionário ao Paço andreense, Carlos Grana, desde o primeiro turno, deixando a eleição plebiscitária.

Marinho, assim como o PT, possui relação estreita com os dirigentes pedetistas. Prova disso, é que, em 2008, o PDT indicou o sindicalista Cícero Martinha para compor como vice na chapa governista de Santo André, encabeçada por Vanderlei Siraque (PT), que saiu derrotada. "As conversas avançaram e assim, em algum momento, caminharmos com o PT e vice-versa, num eventual segundo turno", podenrou Salles.

O pedetista admite, entretanto, que a proposta petista passa pela parceria logo na etapa inicial. "Colocaram essa sugestão. Ficamos de conversar numa ocasião oportuna, se houver chance de vitória no primeiro turno. Por isso, o cenário eleitoral será analisado próximo de junho por intermédio de pesquisa", disse Salles, referindo-se ao período relacionado às convenções, que sacramentam as candidaturas.

Na análise do PT, as investigações do suposto esquema de propina na liberação de licenças ambientais no Semasa tem desgastado politicamente o governo Aidan.

O PDT, por enquanto, mantém em pé o voo solo com Salles. O presidente da sigla em Santo André, Adonis Bernardes, considerou que a proposta será estudada, mas reforçou que, hoje, a legenda não pensa em retirar a pré-candidatura própria. "Dialogamos até porque em âmbito federal estamos aliados e há interesse mútuo na conversa, mas o PDT tem candidato forte. Além disso, o Salles está se comportando como homem de partido." Grana argumentou que o PT está fazendo o diálogo com cautela, sem atravessar a vontade do possível aliado futuro. "Há conversa, porém respeitando a posição do PDT."

Caso o PT abra a chapa para o PDT, Salles adiantou que seguirá a orientação partidária, mas descarta hipótese de ser vice. "Se o partido entender que deve apoiar vou acompanhar, só que não tenho essa pretensão. Para mim não serve."




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