A casa lotérica da Avenida Francisco Prestes Maia, Vila Santa Terezinha, em São Bernardo, responsável pela emissão de um dos 52 bilhetes ganhadores da Mega da Virada, que resultou a cada vencedor bolada de R$ 5.818,007,36, tornou-se símbolo de sorte para apostadores. O comércio, conhecido por ser pé-quente devido ao histórico de premiações ao longo de 2018, vem atraindo, nos últimos dias, número acima da média de apostadores na expectativa de que a sorte ainda esteja rondando no local.

Ontem, durante todo o dia, o comércio registrou filas que chegavam à lateral do estabelecimento. Nem mesmo o guichê número ‘três’ da casa lotérica, onde a aposta vencedora foi feita, fugiu da atenção dos curiosos. “O pessoal pergunta onde foi feita a aposta e faz questão de ir até lá por conta de superstição. O engraçado é que este posto atende geralmente para pagamento de contas”, relatou o proprietário do estabelecimento, Luiz Carlos Silvestrin, 56 anos, ao confessar que ele próprio não faz jogos. “Sou dono daqui há dois anos e não faço apostas. Mas sempre me animo com os sonhos dos apostadores e dos vencedores que já fizemos.”

Aliás, a fama de pé-quente da lotérica não é hoje. Em 2018, além da Mega da Virada, o comércio teve duas premiações da Quina que, juntas, somam R$ 78 mil. “Na hora de fazer o jogo vale qualquer coisa e o histórico de premiações conta e muito para isso. Eu mesmo vim do Centro até aqui para tentar a sorte. Vai que a lotérica pé-quente ganha de novo”, afirmou o ajudante geral Cosme Damião da Silva, 39.

De acordo com os funcionários, o mais novo milionário da cidade ainda é um mistério, mas força-tarefa já está montada para fazer com que o ganhador tenha acesso à ‘bolada’. Até mesmo colaborador da agência da Caixa próxima da casa lotérica, também no Centro, foi designado para ajudar o processo de depósito da premiação quando o sortudo aparecer. Até ontem, o apostador já havia deixado de ganhar pelo menos R$ 21 mil de juros.

Segundo a Caixa, dos 52 ganhadores, apenas 12 fizeram o resgate dos prêmios.