Cerca de 120 homens da Defesa Civil e de cinco quartéis do Corpo de Bombeiros levaram mais de seis horas para apagar o fogo. Bombeiros de Magé, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Penha e do Centro do Rio tentavam impedir que o incêndio no caminhao chegasse até os quatro tanques que armazenavam 100 mil litros de solvente. Do outro lado do galpao, mais seis tonéis estavam ameaçados de incendiar, mas nao chegaram a ser atingidos pelas chamas.
O secretário estadual de Defesa Civil, coronel Paulo Gomes dos Santos Filho, informou que pelo menos duas válvulas dos tanques estavam abertas abastecendo o caminhao quando o acidente aconteceu. Dois homens que estavam próximos ao veículo foram carbonizados e o solvente continuou jorrando por tubulaçoes de três polegadas, alimentando o incêndio.
Agua e espuma foram usadas para resfriar os tanques e impedir nova explosao. Para facilitar o reabastecimento dos caminhoes do Corpo de Bombeiros, a Defesa Civil quebrou a mureta que separa a Rodovia Washington Luís do bairro de Figueiras.
Moradores do bairro ouviram a explosao por volta das 14h30. Além da fuligem que cobriu casas, um carro teve o vidro estourado. "Estava passando roupa quando ouvi o barulho. Pensei que minha casa estava desabando", contou a moradora Almira da Silva, 48 anos. Segundo testemunhas, telhas de zinco voaram e foram parar a mais de 500 metros. A Defesa Civil de Duque de Caxias chegou ao local por volta das 15h15 e, junto com a Guarda Municipal e policiais do 15º BPM (Duque de Caxias), isolou dois quilômetros da Rua Venâncio Pereira Veloso, onde ficava a fábrica.
Um morador, que nao quis se identificar, contou que ali funcionava uma fábrica de fachada para adulteraçao de gasolina. "Era sempre assim, entrava um caminhao e depois saíam dois levando a mistura que eles faziam de gasolina com os solventes dentro do galpao. Construíram uma bomba ao lado da minha casa", disse.
O produto que provocou a explosao foi identificado, inicialmente, como solvente inflamável. Segundo o analista ambiental da Feema, Carlos Eduardo Strauch, o solvente pode ser usado para adulterar combustível. Atrás da fábrica fica um dos afluentes do Rio Sarapuí e um vazamento de combustível foi detectado por técnicos da Feema.
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