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Sorteio evita polarização entre líderes no debate de Diadema
Elaine Granconato e Leandro Baldini
16/09/2008 | 07:54
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A esperada polarização entre os deputados estaduais e principais concorrentes à Prefeitura de Diadema, o governista Mário Reali (PT) e o oposicionista José Augusto da Silva Ramos (PSDB), não ocorreu segunda-feira à noite, durante a quarta rodada de debates promovidos pelo Diário.

Durante os 90 minutos do encontro, houve um único momento em que o sorteio colocou os dois frente a frente. Na pergunta sobre o tema Regionalidade, o tucano fez um pacotaço em uma única questão para o petista. "Com a chegada do Rodoaneal, como o senhor fará com as questões do lixo, Transporte, Saúde, Segurança e o Porto de Santos para a integração regional?", questionou José Augusto.

No entanto, antes da resposta, Reali atacou o partido do adversário que comandou o Consórcio Intermunicipal no ano passado, com o prefeito de Rio Grande da Serra, Adler Kiko Teixeira, "Nós trabalhamos diferente dos colegas dele (José Augusto). A nossa forma é de amplo consenso", disse, de forma vaga.

Na mesma resposta, o petista insistiu no embate ao criticar fala de José Augusto sobre instalação de câmeras, que já existem no município. "Quero aqui relembrar que as propostas do meu adversário estão ultrapassadas. Já existe câmeras de monitoramento", disse, ao acrescentar que o tucano "não está em Diadema faz muito tempo".

Na réplica, José Augusto deu o troco. "Ele (Mário Reali) não respondeu à minha pergunta. Em relação às câmeras, as que existem não funcionam. O candidato deve estar perdido. Ou não quis cumprir o seu papel aqui no debate", alfinetou. Depois, não se enfrentaram mais.

Exposição - Favorecidos com as regras do debate - aprovadas pelos candidatos -, os dois últimos colocados na pesquisa Diário/Ibope, Ricardo Yoshio (PMN) e Vladimir Trombini Campos, o Vladão (PCB), ganharam maior destaque em determinados momentos. Yoshio, que é médico e vereador, se sobressaiu quando respondeu ao governista Reali sobre o atendimento de especialidades médicas. O candidato aproveitou seus dois minutos para criticar a atual administração.

"Nos últimos concursos públicos, a Prefeitura nunca conseguiu preencher as vagas, porque falta valorização profissional", disse, ao atacar o principal equipamento da candidatura petista na área, o Quarteirão da Saúde. "Os médicos têm outro perfil. Se a administração está preocupada em investir em construções, dificilmente o profissional se interessará a trabalhar neste local", referindo-se ao complexo hospitalar inaugurado em maio, após quatro anos de obras.

Circo - Vladão foi o polêmico da noite. Entre acusações e defesa ideológica comunista, propôs a integração de Educação, Cultura, Esporte e Meio Ambiente. "Não priorizaremos concreto. Diadema será a capital do circo. Montaremos uma tenda em cada bairro", disse o prefeiturável comunista, sem entrar em detalhes da proposta.

Outros momentos que chamaram a atenção foram a promessa do Metrô na cidade, feita por José Augusto, e o fato de Reali se referir à petista Marta Suplicy já como prefeita eleita da Capital.




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