Política Titulo Reforma
Grande ABC deve perder peso no ministério de Dilma

Hoje com 5 nomes, região corre risco de ter só 3 representantes no primeiro escalão da presidente no segundo mandato

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
10/11/2014 | 07:00
Compartilhar notícia


A reforma ministerial preparada pela presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) para seu segundo mandato deve impactar diretamente no peso político do Grande ABC na Esplanada dos Ministérios a partir de janeiro. Hoje com cinco nomes na equipe de frente da chefe da Nação, a região tende a ter saldo negativo após troca no primeiro escalão. Há possibilidade, depois das mexidas na equipe de governo, de somente três quadros regionais permanecerem em Brasília.

Atualmente representam as sete cidades no governo federal Gilberto Carvalho (ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência), Arthur Chioro (Saúde), Miriam Belchior (Planejamento, Orçamento e Gestão), Jorge Hereda (presidente da Caixa Econômica Federal) e Regina Miki (secretária nacional de Segurança Pública).

O Grande ABC deve ter menor fatia no primeiro escalão pelo iminente corte no número de ministros paulistas. São Paulo conferiu a maior derrota de Dilma na eleição do dia 26 – o tucano Aécio Neves recebeu 7 milhões a mais de votos – e a petista terá de contemplar lideranças do Nordeste, região cuja votação foi decisiva para continuidade do petismo à frente do País. No Grande ABC, Aécio venceu com 58% dos votos válidos.

O nome mais especulado para deixar a Esplanada é de Gilberto Carvalho, ex-secretário de Santo André e indicação de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na gestão da pupila. Carvalho regressaria a São Paulo, desta vez para trabalhar no Instituto Lula, ao lado do padrinho político, na missão de buscar resgatar a imagem do petismo.

Também podem sair do governo Chioro e Regina Miki. Chioro seria substituído pelo ex-prefeito de Diadema José de Filippi Júnior (PT), atual secretário de Saúde de São Paulo. A mudança não reduziria influência regional na União, apenas trocaria um nome de São Bernardo por um de Diadema.

Já o destino de Regina Miki, ex-titular de Defesa Social de Diadema, é incerto devido à provável nomeação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para o STF (Supremo Tribunal Federal), no lugar de Joaquim Barbosa, aposentado em agosto.

Quadros técnicos, Miriam Belchior e Jorge Hereda tendem a continuar com Dilma no segundo mandato. Miriam, que foi secretária em Santo André, faz parte de lista de ministros preferidos da presidente. Hereda, que chefiou a Pasta de Habitação de Diadema nos anos 2000, também agrada na condução da política da Caixa.

A despeito do resultado adverso em São Paulo, Dilma deve oferecer grandes poderes a dois paulistas: Aloizio Mercadante (PT), hoje ministro-chefe da Casa Civil, e Gilberto Kassab (PSD), favorito para assumir o Ministério das Cidades. Por outro lado, a ex-prefeita paulistana Marta Suplicy (PT), hoje ministra da Cultura, deve sair do cargo e retomar mandato de senadora. 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;