Economia Titulo Alta
Remédios pressionam inflação em abril
Por Bárbara Ladeia
Do Diário do Grande ABC
20/05/2009 | 07:00
Compartilhar notícia


Puxado pelo ajuste anual nos preços dos remédios, o IPV (Índice de Preços no Varejo) da Fecomercio apontou uma aceleração de 0,16% nos preços praticados no mercado no mês de abril. A alta é menor que a registrada no mês de março, na comparação com fevereiro, de 0,32%.

A alta foi puxada principalmente pelo ajuste na categoria Drogarias e Perfumes, que tem peso de 5,64% do índice. O reajuste foi de 3,92% somente entre as drogarias. "Anualmente, no dia 31 de março há um reajuste nos preços de remédios controlados, para repasse de inflação e correção", explica Júlia Ximenes, economista da Fecomercio.

Outro causador da aceleração foi o item Padarias, que teve alta de 3,07% nos preços. No entanto, segundo Júlia, não se trata da alta de elementos alimentícios, mas sim dos recentes rearranjos na tributação de alguns produtos. "É um reajuste localizado nos preços dos cigarros, que tiveram o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) recalculado", afirma.

No sentido contrário, contribuíram para que o aumento dos preços não fosse maior, a queda no preço dos combustíveis e lubrificantes, que perderam 0,98% do preço graças ao início da safra da cana de açúcar. Também para a queda colaborou a redução nos preços dos eletrodomésticos e materiais de construção, que tiveram desaceleração de 0,91% e 0,53%, respectivamente. "As decisões do governo acabaram pesando sobre os preços e impedindo uma alta maior no índice", aponta a economista da Fecomercio.

Segundo Júlia, a tendência é de estabilidade pára o próximo mês, tendo em vista que as alterações tributárias que pesam sobre o índice ainda estarão em vigor. "Com exceção dos remédios, que não têm novo aumento programado, a tendência é que os níveis de preços se mantenham."




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;