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Greve de professores tem 30% de adesão

Paralisão é protesto à reforma da Previdência do Estado; governo fala que mobilização não afetou aulas

Por Aline Melo
Do Diário do Grande ABC
04/12/2019 | 07:00
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A greve convocada para ontem pela Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), em protesto à proposta de reforma da Previdência dos servidores estaduais e à nova carreira do magistério contou com a adesão de 30% dos docentes de toda a rede, na avaliação do sindicato. Na região, a adesão foi entre 30% e 40%, e os coordenadores locais destacaram que mobilização ainda está em construção. A paralisação tem sido realizada às terças-feiras, desde a semana passada, para tentar pressionar os deputados estaduais a não votarem as duas propostas.

A proposta de reforma da Previdência estadual, enviada em novembro para a Assembleia, tramita em caráter de urgência e a expectativa do governo é a de que seja aprovada ainda neste ano. Entre as mudanças, aumenta de 11% para 14% a contribuição para o regime previdenciário, eleva o tempo de trabalho para obtenção de aposentadoria integral para 40 anos, bem como a idade mínima (60 para homens e 57 para mulheres, sendo que atualmente é 55 e 50 anos, respectivamente), entre outras mudanças.

A Secretaria de Educação também propôs novo plano de carreira, com mudança na remuneração dos docentes. Segundo a pasta, principal alteração é que, a partir de 2020, o salário inicial do professor no regime de 40 horas semanais será de R$ 3.500 – o que representa aumento de 35,4% sobre o valor pago hoje, de R$ 2.585,00. Em 2022, um professor com a mesma carga horária terá salário inicial de R$ 4.000, aumento de 54,7% em relação à remuneração atual. O sindicato, no entanto, aponta que a estratégia do governo vai promover congelamento dos salários, ao tratar o salário como subsídio e não vencimento, anulando bonificações como quinquênio (um salário a mais a cada cinco anos trabalhados) ou bonificação. Também prevê progressão de nível apenas para docentes que forem aprovados em testes aplicados pela administração.

A Secretaria de Estado da Educação discordou da avaliação do sindicato. Segundo levantamento da pasta, 99,9% das escolas funcionaram normalmente, sem prejuízo para os alunos. 




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