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Grande ABC encerra campanha com 1.285 casos de sarampo

Em 18 dias, região registrou pelo menos 127 vítimas da doença; cobertura vacinal nas sete cidades segue abaixo da recomendação

Flávia Kurotori
Do Diário do Grande ABC
04/12/2019 | 07:00
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André Henriques/DGABC


O Grande ABC soma 1.285 casos de sarampo neste ano, sendo 127 registrados apenas nos últimos 18 dias. A segunda fase da campanha de vacinação promovida pelo governo do Estado de São Paulo terminou na sexta-feira, contudo, a cobertura vacinal na região segue abaixo dos 95% indicados pelo Ministério da Saúde.

Com 351 diagnósticos, Santo André é a cidade com a maior incidência. São Bernardo registrou 295 casos, seguido por Mauá (272), Diadema (133) e São Caetano (86). Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra não responderam até o fechamento desta edição, portanto, foram considerados os números obtidos em 12 de novembro: 140 e oito, respectivamente.

Em relação à cobertura vacinal, São Caetano registra 70% das pessoas vacinadas, Santo André 54% e Mauá, 37,7%. São Bernardo informou apenas que 9% do público-alvo, composto por jovens entre 20 e 29 anos, foi imunizado neste ano. Vale lembrar que o único meio de prevenção é a vacina.

O sarampo é extremamente infectocontagioso, uma vez que o vírus é transmitido por gotículas, ou seja, pode ser transmitido pela tosse e pelo beijo, por exemplo. Os principais sintomas são febre, manchas avermelhadas na pele, tosse persistente, mal-estar e irritação nos olhos. A doença pode ser transmitida mesmo que a pessoa ainda não tenha apresentado os indícios.

Segundo Patrícia Montanheiro, biomédica e coordenadora do Laboratório de Análises Clínicas da USCS (Universidade Municipal de São Caetano), é imprescindível a aplicação da segunda dose para que a vacina combata o vírus. “No caso das crianças, o ideal é evitar levá-las em ambientes com muitas pessoas e deixar para ir a hospitais apenas em caso de emergência até que a carteirinha de vacinação esteja completa”, orienta.

O controle da doença deve levar pelo menos cinco anos. “O vírus está circulando com mais frequência e uma pessoa pode transmitir até dez mil vírus quando tosse, então o fim da epidemia ainda demandará algum tempo”, explica. Vale lembrar que o Brasil chegou a ficar quase cinco anos sem casos. O País perdeu, em março, o certificado de erradicação da doença, concedido pela Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), em 2016. 




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