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Tripulantes do avião espião estariam detidos em bairro 'quente' de Haiku
Por Das Agências
08/04/2001 | 12:49
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Os tripulantes do avião espião americano, que aterrissou de emergência na semana passada no Sul da China depois de chocar-se com um caça chinês, se encontram detidos em um hotel militar, situado em um bairro 'quente' de Haiku, repleto de prostitutas e de discotecas.

Desde sua aterrissagem na ilha de Hainan, em 1o de abril, o local da detenção dos 24 militares americanos é mantido em segredo, apesar dos três encontros que as autoridades chinesas organizaram entre os tripulantes e diplomatas americanos.

No entanto, os jornalistas suspeitam, cada vez com maior convicção, que os tripulantes se encontram em um hotel anexo a uma base naval chinesa, misteriosamente fechado há uma semana. A entrada que dá para a rua se encontra permanentemente bloqueada por uma dezena de guardas à paisana.

Vários vizinhos disseram à AFP que a tripulação americana se encontra no prédio, cujas janelas estão fechadas hermeticamente. O automóvel do adido militar americano Neal Sealock, que se reuniu três vezes com seus compatriotas, foi visto na rua.

O hotel, que funciona em um edifício administrativo cuja única atração é uma estrela vermelha na fachada, serve habitualmente para hospedar militares, mas também recebe estrangeiros de passagem.

O prédio de quatro andares se encontra em um dos dos bairros mais "quentes" de Haiku, a capital da ilha tropical de Hainan, que se converteu há alguns anos em uma gigantesca estação balneária para militares e comandantes médios do Partido Comunista chinês.

O hotel fica de frente para um bar de karaoké cujas luzes de néon dão as boas-vindas aos "cawboys e cowgirls". Prostitutas usando minissaia e muita maquiagem percorrem as ruas à noite, oferecendo seus serviços aos turistas.

As autoridades chinesas, ao conservar em segredo o lugar ondem os americanos estão retidos, procura, sem dúvida, evitar possíveis manifestaçõe nacionalistas.

Estudantes da Universidade de Hainan declararam aos jornalistas que gostariam de protestar contra a presença dos tripulantes, mas que seus dirigentes pediram paciência, para que o Governo possa resolver o problema.

Para prevenir igualmente qualquer risco de manifestações, policiais à paisana vigiam dia e noite a entrada do Hotel Mandarin, onde se encontram hospedados os diplomatas americanos encarregados de manter contato com a tripulação.




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