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Cidade da Criança pode virar parque com esporte e lazer
Kléber Werneck
Da Sucursal de São Bernardo
19/05/2001 | 16:04
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O secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo de São Bernardo, Humberto Celestino, pretende desativar quase um terço – 28,8% – das instalações da Cidade da Criança para transformar o espaço em um parque para prática de esportes e lazer nos moldes do Duque de Caxias, em Santo André. O projeto que será apresentado ao prefeito Maurício Soares – que dará a última palavra – também prevê ampla reforma no sistema de administração do local.

A criação de uma área diversificada tem como objetivo reduzir gastos e aumentar o público, além de evitar que a Cidade da Criança seja transferida para o Parque Estoril, no Riacho Grande.

Segundo estudo feito pela secretaria, parques abertos ao público, como o Duque de Caxias, significam custo aproximado de R$ 3 por usuário. Na Cidade da Criança o valor chega a pouco mais de R$ 13. A secretaria informou que no ano passado o parque temático teve média de 12,5 mil freqüentadores por mês, o que acarretou despesa de aproximadamente R$ 190 mil.

Para desenvolver projeto que revertesse esse quadro, o secretário contratou a empresa de auditoria Ruschmann, de São Paulo, especializada em negócios ligados a turismo e lazer.

De acordo com o projeto, as áreas da região Transamazônica, com 8.619 m², e a Espacial, com 2.276 m², vão sofrer as maiores alterações. Na primeira, serão mantidas apenas as réplicas da igreja, do museu e do hotel de Manaus. No local serão construídas pista para cooper e caminhada, ciclovia e centro de lazer para a terceira idade, com jogos de dama e xadrez. Os brinquedos da área Espacial dariam lugar a quadras poliesportivas e playgrounds.

A área de 26.847 m² onde se encontra a maioria das atrações para as crianças seria mantida exclusivamente como centro de lazer infantil. No entanto, passaria por profunda remodelação. Alguns dos 37 brinquedos que estão no local devem ser retirados.

Administração – Além da mudança física, o projeto prevê profundas alterações na administração do local. A comerçar pelo estacionamento, que deve ser terceirizado. O principal ponto, porém, é a relação entre a Prefeitura e os permissionários. Duas empresas, a Grantour e a Somatur, exploram os brinquedos, enquanto outros seis comerciantes são os donos dos pontos de venda de produtos.

Segundo o secretário, os contratos foram firmados na época da criação da Cidade da Criaça e nunca foram atualizados. “A quantia que recebemos é irrisória. Tem comerciante que paga aluguel de pouco mais de R$ 2 por mês”, disse. Os proprietários dos brinquedos pagam à Prefeitura 25% do arrecadado em bilheteria, o que dá média de R$ 6 mil por mês.

O secretário propôs o pagamento de um condomínio e o rateio de algumas despesas do parque. Também será determinada a reforma dos estabelecimentos e atualização dos preços dos aluguéis.

Os permissionários, por sua vez, se mostraram favoráveis à proposta. “Em princípio, nos agradou”, afirmou o empresário Nercês Gaspar Alexandre, proprietário da Grantou.




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