Economia Titulo Tropical Flora
Reflorestadora é pioneira no Grande ABC

A Tropical Flora, instalada em Sto.André, é uma reflorestadora com propósito de plantar árvores nativas

Por Michele Loureiro
Do Diário do Grande ABC
16/11/2008 | 07:00
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Conscientização ambiental, preservação da natureza, emissão de gases de efeito estufa. Os temas atuais, sempre em discussão, serviram de inspiração para o empresário Pedro Ciriello, que há cinco anos criou e preside a Tropical Flora.

A empresa, que fica instalada em Santo André e tem filial em Garça (interior paulista), é uma reflorestadora, pioneira da região, com o propósito de plantar árvores de espécies nativas. "O apagão florestal começou em 2004. Desde então não há mais madeira legal para atender a demanda do mercado. Nosso trabalho é cultivar estas árvores, para daqui há 18 anos termos um bom material que servirá para produzir portas, pisos, embarcações, painéis de veículos", conta Ciriello.

Mas além deste mercado de longo prazo, que já contabiliza um milhão de árvores plantadas, a empresa realiza outras atividades de lucro imediato. "Somos contratados para auxiliar em reflorestamento local, por exemplo, uma empresa que quer recuperar uma área verde, ou mesmo uma pessoa que quer ambientalizar sua fazenda. Nós oferecemos semente, plantio e assessoria", conta o presidente da Tropical Flora.

São 40 toneladas de semente produzidas anualmente. "Durante três anos acompanhamos as árvores para combater pragas e certificar que a muda vingue", explica.

Gás carbônico - Outra atividade inovadora oferecida pela Tropical Flora é a compensação de carbono. "Muitas pessoas não entendem bem esse trabalho, porém ele é de total importância ambiental", conta Ciriello.

Inúmeras empresas contratam esse serviço. "Nós neutralizamos a emissão de CO2 (gás carbônico). Somos contratados para realizar um inventário de gastos, contabilizamos a quantidade de gás emitido em determinada atividade e fazemos o plantio das árvores necessárias para suprir esta emissão", diz.

Vários eventos também usam o serviço da empresa para ganhar o título de sustentabilidade. "Feiras, congressos, não importa a ocasião, nós realizamos a neutralização", comenta.

Para o empresário a população sabe que o meio ambiente pede socorro, mas na prática poucos sabem como agir. "O que você faz para colaborar com a preservação? Esta é a questão, precisamos agir", finaliza.

Empresas não investem em sustentabilidade

A preocupação com uma ‘economia verde' domina cada vez mais o cenário mundial. Dados divulgados por cientistas do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês)mostram que os países precisarão gastar entre 0,2% e 3% do PIB mundial para que as emissões de gás carbônico sejam estabilizadas até 2030. Esse montante, de acordo com o Banco Mundial, gira em torno de US$ 44,6 bilhões e US$ 89,2 bilhões por ano.

Porém, segundo Pedro Ciriello, presidente da Tropical Flora, esta é uma realidade distante. "A maioria das empresas, não somente do Grande ABC, julgam isto como gasto. Porém, ações sustentáveis são um investimento", explica.

Aparentemente existe uma conscientização que o meio ambiente pede socorro e que as ações humanas precisam mudar para que os recursos naturais não esgotem em breve. "O problema é que isto tem um custo, e quando o teórico precisa passar para o prático as empresas recuam", explica Ciriello.

Segundo o IPCC, apenas 7% das empresas do mundo investem em sustentabilidade. "Isto precisa mudar, a devastação é visível, mas ainda há tempo de melhorar as coisas se as ações forem imediatas", enfatiza Ciorello.

Atitude - O presidente da Tropical Flora alerta que não somente as empresas precisam colaborar com o meio ambiente. "Os indivíduos devem fazer sua parte, precisamos tornar comportamentos ecologicamente corretos como parte do nosso dia-a-dia", explica.

A empresa de Santo André inova com o ‘Projeto Carbono e Água', que consiste basicamente em doação de árvores. "A pessoa pode calcular quantas toneladas de CO2 (Gás Carbônico) gasta e repor isso, doando mudas para áreas prejudicadas", explica Ciorello.

O valor mínimo é de R$ 51,75. Com isso a pessoa contribui com a plantação de três mudas em áreas devastadas.

Para mais informações os interessados podem acessar o site www.tropicalflora.com.br




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