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Futebol solidário conduz o time à conquista histórica
Nelson Cilo
Do Diário do Grande ABC
16/11/2008 | 07:00
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Do goleiro Neneca ao atacante Márcio Mixirica, ninguém se destacou mais do que o futebol solidário do Santo André na trajetória do time na Série B do Campeonato Brasileiro. O técnico Sérgio Soares apostou como nunca na indiscutível força do conjunto para se impor desde o começo do equilibradíssimo torneio nacional.

Alguns personagens ditaram o ritmo de uma estrutura reconhecidamente vencedora. Mas, na prática, todos mostraram envolvimento e puderam desempenhar diferentes papéis na temporada.

Sérgio Soares decidiu investir mais no grupo e menos nas individualidades. Assim, até Marcelinho Carioca se adaptou ao contexto de uma teoria simplista.

Entre outras mudanças, ele acreditou no potencial do ala Cicinho, que inicialmente desbancou o combativo Alexandre. Aos poucos, porém, o antigo titular acirrou o duelo no setor até que reconquistasse a posição. Na esquerda, inverteu-se a briga: o garoto Arthur é que passou a incomodar o experiente Jaílson. Mas, no vira-vira do Castelão, coube ao valente Jaílson - que aparece na lista de um dos três melhores alas da Série B - assumir o rótulo de um dos principais condutores da incrível reviravolta contra o Ceará.

Na zaga, uma surpresa aos olhos dos torcedores: o grandalhão Marcel, ex-Ferroviária, logo na vaga do líbero Dedimar, ex-capitão e um dos principais comandantes na conquista histórica da Copa do Brasil de 2004. Thiago Matias, que havia se contundido, também ocupou espaços num concorrido setor complementado, em seguida, pelo regularíssimo Douglas.

Como aconteceu em batalhas anteriores, o Santo André confiou - nada mais compreensível - na competência do guerreiro Fernando. No rastro do insuperável capitão, surgiu o persiste Willians, uma das maiores revelações da escolinha - tanto quanto Juninho.

De repente, Pará saiu de cena, mas a transferência do meia para o Santos - a exemplo de Maikon Leite - permitiu que Jéferson desencantasse no esquema de Sérgio Soares. Tanto é que o canhoto - uma espécie de terceiro atacante - assumiu a artilharia (13 gols contra 12 de Mixirica) na virada sobre o Ceará.

Ainda reapareceu mais um importantíssimo personagem - Elton Brandão - emprestado novamente pelo São Caetano. Seria irrelevante falar do talento de Marcelinho Carioca. É desnecessário.




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