O prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), atuará nos próximos dias para costurar maioria absoluta no Legislativo. Após anunciar os primeiros projetos do governo, o petista debruçará a atenção para construir a governabilidade. Atualmente, o número estimado pelo Paço é de 11 vereadores na base de sustentação, o que já garantiria a aprovação de projetos simples. Em contrapartida, falta a adesão de outros três parlamentares para propostas mais complexas.

Grana afirmou que buscará "estreitar a relação com o conjunto da Câmara" antes do fim do recesso parlamentar - as sessões serão reiniciadas no dia 5 de fevereiro. A demora dos acordos se dá pelas férias dos vereadores, deixando o prazo encurtado para o fechamento de decisão. "Precisamos construir os 14, tratando partidariamente ou individualmente, mas queríamos de princípio fazer com que a cidade não parasse de funcionar."

Para o ajuste, Grana deliberou para o secretário de Gabinete, Tiago Nogueira (PT), escolher o próximo líder do governo na Casa. O mais cotado é o petista José Montoro Filho, o Montorinho (PT). Não como prêmio de consolo pela derrota na disputa pela presidência da Câmara, na qual a articulação governista é que saiu arranhada, mas por ser o representante da base com mais experiência para defender o Paço - a maioria do grupo situacionista é novata.

Interesses bilaterais

Embora inclua projetos regionais na lista, o chefe do Executivo prevê agenda prioritária com série de interesses bilaterais ao destacar a relação de afinidade com o correligionário e prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho. "Agiremos de modo integrado nas pendências das divisas, com sintonia. Uma das questões é o fechamento da Estrada do Montanhão."