Os mercados pioraram após o Fomc (o Comitê Federal do Mercado Aberto do Federal Reserve, que é o Banco Central dos EUA) frustrar as expectativas e reduzir em apenas 0,25 ponto percentual, e não em 0,50 ponto como era esperado, a taxa de redesconto do Fed (como é mais conhecido o BC americano) para 4,75% ao ano. Já o corte de 0,25 pp das taxas básicas, para 4,25% ao ano, veio em linha às previsões.

Além de a medida para o redesconto frustrar expectativas, o comunicado que acompanha a decisão foi considerado negativo pelos analistas. O relatório do Fed destaca o aumento dos problemas nos mercados financeiros e acena com o crescimento da incerteza em relação às perspectivas econômicas nos EUA.

Dólar e juros só reagiram ao Fed no mercado eletrônico, porque as sessões regulares já estavam fechadas. A moeda americana virou de queda para alta no contrato mais negociado, de janeiro de 2008, enquanto o juro para janeiro de 2010 também abandonou a baixa exibida desde o começo da tarde.

Como no cenário doméstico persistem as dúvidas em torno da prorrogação da CPMF e a agenda desta quinta prevê divulgações de importantes indicadores aqui e lá fora, os investidores tendem a assumir posições defensivas nesta quarta-feira.

Bolsas - Após a reunião do Fomc, o que se viu na seqüência foi uma impressionante velocidade de ordens de venda que fizeram as bolsas em Nova York virarem rapidamente para o terreno negativo.

A Bovespa demorou uns instantes para acompanhar, mas também despencou. O Ibovespa fechou em queda de 1,43%, aos 64.512,3 pontos, depois de oscilar entre a mínima de 64.127 pontos (-2,01%) e a máxima de 66.451 pontos (+1,53%). Com o resultado desta terça-feira, o ganho acumulado no mês foi reduzido a +2,39% e, no ano, a 45,06%.