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Denúncias contra Renan pesarão no Conselho de Ética
24/06/2007 | 07:12
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As denúncias que ligam o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ao bicheiro Plínio Batista vão criar um clima desfavorável à sua defesa no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, segundo avaliação de senadores. Elas não poderão ser usadas para municiar o atual processo contra Renan ou para abrir uma eventual nova investigação, mas podem ter efeito moral. “Havendo provas, é um caso grave”, disse o senador Marconi Perillo (PSDB-GO).

Em dois casos anteriores, o Senado arquivou pedido de processo por quebra de decoro porque as denúncias envolviam fatos anteriores ao mandato dos implicados.

Foi assim com as denúncias de irregularidades levantadas contra os senadores Romero Jucá (PMDB-RR) e Eduardo Azeredo (PSDB-MG). As denúncias feitas agora pelo bicheiro referem-se a um período em que Renan não exercia o mandato parlamentar.

Nos bastidores, senadores avaliam que a sucessão de fatos negativos dificultam o esforço para convencer os plenários do conselho e do Senado da inocência de Renan.

Ainda assim, senadores que fazem parte da linha de frente da defesa de Renan no Conselho de Ética defendem a tese de que o tamanho do bombardeio poderá acabar produzindo efeito contrário. É o caso do senador Gilvam Borges (PMDB-AP), que está convencido de que as acusações do bicheiro não terão repercussão entre os conselheiros.

“Isso vai caracterizar que o processo é mesmo esquizofrênico, como o próprio Renan denunciou ao se queixar de que vive sob ataques diários”, disse. “Isto vai vitimizá-lo, vai caracterizar que estão querendo derrubá-lo a qualquer custo, com denúncias requentadas.”

Para o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), que tem batido duro em Renan nos encontros do Conselho de Ética, a revelação feita pelo bicheiro não poderá ser incluída no processo para implicar o presidente do Senado. “O fato é anterior ao mandato de Renan e não pode ser objeto de apreciação do conselho.”




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