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EUA querem apoio do Japão a ataque ao Iraque
Da AFP
28/08/2002 | 08:55
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O secretário de Estado adjunto norte-americano, Richard Armitage, se reuniu nesta quarta-feira com autoridades japonesas para tentar conseguir o apoio do Japão no caso de uma intervenção militar no Iraque, enquanto os meios de comunicação nipônicos emitiram sérias resistências sobre o tema.

Armitage, que chegou na véspera a Tóquio, se reuniu com o vice-ministro japonês de Relações Exteriores, Yukio Takeuchi, para abordar questões diplomáticas e de segurança. Iraque e Coréia do Norte ocupam um lugar importante nos temas em discussão, segundo um programa difundido pelo Ministério de Relações Exteriores.

Armitage lançou na véspera um apelo ao Partido Liberal-Democrata (PLD, no poder) e a seus aliados para que apóiem os Estados Unidos no caso do país lançar uma ação militar contra o Iraque, segundo parlamentares japoneses.

A autoridade americana adiantou que os Estados Unidos ainda não tomaram nenhuma decisão sobre uma eventual intervenção militar contra o Iraque, país ao qual acusa de proteger terroristas e de desenvolver armas de destruição em massa.

Armitage também pediu ao Japão que "realize conversações sobre o que poderia fazer quanto às medidas tomadas pelos Estados Unidos para eliminar o terrorismo, inspirado na importância da aliança Japão-EUA", segundo os parlamentares.

Entretanto, nesta quarta-feira os jornais japoneses afirmam que devido á sua Constituição, é pouco provável que Tóquio dê uma ajuda militar a Washington em caso de ataque ao Iraque.

"Se os Estados Unidos decidirem atacar o Iraque, devem esperar que isto provoque divergências na comunidade internacional, que ainda está unida na luta contra o terrorismo", estimou o jornal japonês Yomiuri Shimbun.

"Ajudar em um golpe contra o Iraque provocaria uma situação hostil com os países árabes produtores de petróleo e situaria o Japão em um problema de abastecimento de energia", declarou uma fonte governamental citada pelo jornal.




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