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Laboratórios pressionam o governo a liberar testes
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08/01/2005 | 16:45
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A indústria farmacêutica pressiona o governo para apressar o processo de liberação de pesquisas nos centros brasileiros com medicamentos ainda em testes. Se o processo não for mais rápido, avisam, certamente o Brasil vai perder terreno para centros de pesquisa de outros países e, com isso, investimentos consideráveis.

A mais recente queixa foi feita pelo presidente mundial da Novartis, Daniel Vasella, uma das maiores empresas farmacêuticas no mundo. Numa reunião nesta semana com o ministro da Saúde, Humberto Costa, Vasella sugeriu a revisão das regras e, como argumento para tal mudança, citou o potencial de investimento nesta área: US$ 300 milhões.

Somente a Novartis calcula que poderia ampliar dos atuais US$ 5 milhões para US$ 50 milhões os investimentos na pesquisa clínica brasileira (com pacientes voluntários). A diretoria da empresa afirma que os investimentos não são maiores justamente por causa da demora na liberação dos processos. O prazo varia de pedido para pedido, mas pode chegar a até nove meses. Em centros de ponta, o prazo médio é de três meses.

“Podemos ser mais rápidos, realmente. Mas nada pode ser feito de forma a colocar em risco a ética e a qualidade de vida dos pacientes voluntários nas pesquisas”, afirmou Costa.

O diretor do departamento de Ciência e Tecnologia do ministério, Reinaldo Guimarães, garante que as regras brasileiras sobre ética em pesquisa são referência em todo mundo pela sua qualidade.




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