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Diligência da CPI da Craisa em Mauá é frustrante
Por Leandro Laranjeira
Do Diário do Grande ABC
26/05/2006 | 07:47
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Adiligência realizada nesta quinta-feira em cinco endereços na cidade de Mauá pela CPI da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) pouco acrescentou aos vereadores que investigam possíveis irregularidades no processo licitatório para o transporte de merenda, vencido pela Gib Locações.

Os cinco parlamentares encarregados pelas visitas estiveram focados apenas em verificar a existência das empresas citadas no processo que, segundo acusação do empresário José Caboclo Neto, teriam beneficiado a Gib de alguma forma na licitação. São elas: Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) e Acceleratte Viagens e Turismo, que emitiram atestado técnico capacitando a Gib a participar do certame;  Cooperauto (Cooperativa de Locação de Veículos de Motoristas Autônomos) e Escuna Locadora de Veículos, que fariam parte de um possível conluio para ajudar a Gib.

Basicamente, dois fatores intrigaram a CIP: uma contradição nas falas do presidente da Cooperauto e do proprietário da Gib, que divergem no período em que ambas as empresas funcionaram no mesmo endereço, além da estrutura da Apae. Teoricamente, a entidade não precisaria usar os serviços da Gib para transporte de alimentos – que originou o atestado para a empresa participar do certame. “Temos de esclarecer o que realmente era transportado pela Gib”, acredita o relator da CPI, José Ricardo (PSB).

“Com a estrutura que eles (Apae) têm aqui, não precisariam receber nada de ninguém. Fico aborrecido com estas pessoas que tentam comprovar coisas que, na realidade, são difíceis de serem comprovadas”, analisa o vereador Samuel Siqueira (PSC), contestando o atestado que a Gib recebeu da Apae. Paulinho Serra (PSDB) concorda. “Se houve entrega de alimentos, foi uma quantidade irrisória. Não podemos tirar conclusões precipitadas.”

O vereador Carlos Raposo (PV) acredita que a diligência foi importante para a continuidade da CPI, embora não tenha trazido novidades. “Agora sabemos onde estão e como funcionam as empresas. Vamos confrontar os documentos que temos em mãos com o que verificamos nesta diligência para ver o que está correto e onde há problemas”, afirma o verde.




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