Economia Titulo Reajuste
Sindicato dos químicos prevê dificuldades na mesa

Representante dos trabalhadores espera que campanha salarial se encerre neste mês

Por Pedro Souza
do Diário
04/10/2013 | 07:00
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 Com data base em 1º de novembro, os químicos anteciparam em um mês a entrega da pauta, que neste ano é só econômica, já que as cláusulas sociais estão fechadas por dois anos, com objetivo de chegar a um acordo rapidamente, o que ainda não ocorreu. “Acredito que neste ano será muito difícil negociar”, destacou o presidente do Sindicato dos Químicos do Grande ABC, Paulo Lage.

O sindicalista não descartou a hipótese de greves. “Trabalhamos sempre com três cenários. Um é de acordo favorável para todas as partes, com uma negociação boa. O segundo, são as paralisações e a greve. O terceiro, ruim para todos, é não ter acordo coletivo.”

Levando em consideração um cenário econômico desacelerado, e a dificuldade que outras categorias tiveram para chegar aos seus acordos, Lage disse que espera discussões intensas na mesa de negociação. No ano passado, os químicos conseguiram 2% de aumento real (7,8% no total) e pedem 13% de reajuste neste ano. Porém, trabalhadores de outros setores que já encerraram a campanha não conseguiram atingir os 2% acima da inflação. Metalúrgicos, por exemplo, chegaram a 1,82%.

No entanto, Lage espera o fim da campanha em outubro. A Fetquim (Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico da CUT do Estado de São Paulo) é responsável pelas tratativas do acordo coletivo com os sindicatos patronais. Haverá reuniões nos dias 16, 23 e 31. “Para mim, até o dia 31 deve sair um acordo.”

Na região, a campanha salarial é referente a 38 mil trabalhadores dos setores químico, petroquímico, plástico, tintas e vernizes, resinas sintéticas e colas e de explosivo. Eles são contratados de, aproximadamente, 900 empresas. O segmento farmacêutico, que tem 2.000 funcionários em seis empresas no Grande ABC, já fechou acordo em abril, com aumento real de 2%.




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